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Mãe de Davi atesta evolução na saúde do menino e agradece o apoio recebido pelas redes sociais

Apesar disso, a criança ainda demanda cuidados intensivos e a família passa dificuldades já que os pais deixaram os empregos para cuidarem do filho

Aline Siqueira Lima, mãe do menino Davi Lima, de três anos, é só alegria por estar de volta a Goiânia. Ela estava em São Paulo, no Hospital Israelita Albert Einstein, desde que o garoto foi transferido para a unidade, em abril, para dar continuidade ao seu tratamento de saúde.

Davi ganhou visibilidade nacional quando foi foco de uma campanha nas redes sociais para viabilizar seu acompanhamento médico após ter sido diagnosticado com uma condição rara que o impossibilitava de absorver os alimentos. Em abril deste ano foi transferido para a capital paulista por intermédio do governador Marconi Perillo, que conseguiu sua internação gratuita.

Aline e o pai de Davi, João Tomaz de Sousa, permaneceram com o menino até o início desta semana, quando retornaram. Primeiro chegou a mãe, no domingo (24). Na segunda (25), foi a vez de João trazer o filho.

Apesar de ainda frágil, a saúde do garoto evoluiu consideravelmente desde sua internação. “Ele está bem melhor, graças a Deus, mas os cuidados continuam os mesmos. A diferença é que agora ele não está mais no hospital”, afirma Aline. Ela diz estar agora atuando em tempo integral na atenção ao filho, que ainda precisa tomar 14 tipos de medicações diariamente.

Apesar disso, ela tem notícias animadoras para compartilhar. “Ele já está se alimentando normalmente e está pesando 7,1 kg”, destaca, lembrando que ele foi encaminhado ao Albert Einstein com cerca de 5,3 kg aos 2 anos e oito meses de idade.

O retorno do menino para Goiânia foi recomendado pela própria equipe médica do hospital, que considerou que o melhor para sua reabilitação seria estar em um ambiente familiar. “Por mais que um hospital seja limpo, tem bactérias, então havia mais riscos”, conta Aline.

No Albert Einstein, o menino passou por uma série de procedimentos invasivos. Entre eles, foi colocado um cateter ligado ao seu coração, ele passou por uma gastrostomia e, posteriormente, recebeu um novo cateter por debaixo da pele.

Agora, o garoto deve retomar seu tratamento no Hospital Araújo Jorge, onde já estava sendo atendido antes de ser transferido. Há a possibilidade de que Davi precise retornar para São Paulo no prazo de um mês para avaliar sua evolução, mas isso vai depender da conclusão das equipes médicas tanto daqui, de Goiânia, quanto às da capital paulista.

E os desafios da família não terminam nos cuidados médicos ao Davi. Por conta da condição de saúde do menino, tanto Aline, que trabalhava como cabeleireira e manicure, quanto João, que atuava como vigia noturno, tiveram que deixar os empregos para se dedicarem ao filho, e agora não têm perspectiva de renda. “A gente ainda não sabe como vai ser”, revela Aline em tom de preocupação. Em São Paulo, a família permanecia no hospital e recebia suporte da própria equipe de funcionários.

Apesar da situação, a mãe de Davi não deixa de transmitir alegria com o fato de família estar novamente reunida em casa e demonstra gratidão a todos que os apoiaram até então. “Meu agradecimento é geral, não posso agradecer a uma pessoa só”, diz. “O Brasil… o mundo inteiro entrou nessa campanha, que mobilizou muita gente. Realmente a união faz a força e foi isso o que nos salvou”, conclui.