TRISTEZA

Mãe de esposa de fisiculturista que morreu na última 2ª diz que suspeitava do genro

Mulher diz que encontrou Igor no mesmo dia da suposta queda, que o abraçou e pediu que ele cuidasse da filha

Mãe de esposa de fisiculturista que morreu na última 2ª diz que suspeitava do genro (Foto: Reprodução - TV Anhanguera)

Maria Aparecida Souza Freitas, mãe de Marcela Luise de Souza, que morreu na última segunda-feira (20), disse que suspeitou do marido da filha, o fisiculturista Igor Porto Galvão, desde o dia do suposto acidente. A mulher estava internada desde o último dia 10 de maio em um hospital particular de Aparecida de Goiânia.

Ela foi levada pelo próprio companheiro, que afirmou que ela tinha se machucado após cair com a cabeça no chão, enquanto limpava a casa. No mesmo dia, ele ligou para Maria Aparecida. A mãe esteve no Instituto Médico Legal (IML) com o pai, padrasto e tia de Marcela para levar o corpo para Brasília, onde mora, na terça-feira (21). Na ocasião, ela conversou com veículos de comunicação que estavam no local.

A mulher revelou que, quando Igor ligou para falar da suposta queda, ela ficou nervosa e já pensou que ele era o responsável. Maria afirmou, ainda, que veio para Goiás no mesmo dia da “queda” e, mesmo assim, abraçou o homem e pediu força a ele, e que cuidasse da filha dela.

Caso

Marcela foi internada em 10 de maio em um hospital particular de Aparecida de Goiânia, onde foi levada pelo próprio companheiro, e morreu dez dias depois, em decorrência de várias agressões. Quando chegou na unidade, o fisiculturista Igor Porto Galvão, de 31 aos, afirmou que a esposa tinha se machucado após cair com a cabeça no chão, enquanto limpava a casa.

Os médicos que a atenderam, porém, decidiram acionar a polícia após constatarem que a mulher tinha vários hematomas não condizentes com uma queda, como traumatismo craniano dos dois lados da cabeça e na base do cérebro, além de fraturas na clavícula e em oito costelas.

Com as provas em mãos, a Polícia Civil solicitou e a justiça decretou a prisão temporária do fisiculturista, que foi preso alguns dias depois da internação da mulher. Durante audiência de custódia, Igor Porto Galvão teve sua prisão transformada em preventiva.

Feminicídio consumado

Após a morte da mulher de 31 anos, que teria sido agredida pelo marido, a delegada Bruna Coelho informou que ele responderá por feminicídio consumado. Segundo ela, o próximo passo é finalizar as diligências para remeter o inquérito ao Poder Judiciário.

“A defesa do investigado Igor Porto Galvão lamenta profundamente a morte de Marcela Luise, e continuará pronunciando apenas com relação às investigações”, disse a nota enviada ao Mais Goiás após a confirmação do óbito. Já sobre a detenção do suspeito, que também é nutricionista, eles dizem que, no ponto de vista da defesa, “não estão presentes os requisitos da prisão preventiva, ou seja, garantia da ordem pública, garantia da instrução criminal ou assegurar a aplicação penal”.

O advogado Thiago Marçal reforça que o cliente possui profissão licita (é nutricionista e educador físico), tem endereço fixo, é primário e em momento algum existe algo no processo que ele interferiu no bom andamento da investigação.

“Pelo contrário, a Polícia Civil esteve em sua residência fora de horário, a fim de fazer perícia, e ele autorizou. Perícia essa que teve como resultado inconclusiva. Importante salientar que o colega advogado, que estava acompanhando o Igor, já havia ido à delegacia e o colocado à disposição da autoridade policial. Até o momento, o Igor não foi ouvido. A defesa vai entrar com os pedidos cabíveis a fim de que a prisão preventiva seja substituída por medidas cautelares diferentes do cárcere.”

LEIA MAIS:

Polícia Científica trabalha em imagens 3D no caso de mulher que teria sido morta por fisiculturista