Mãe de policial morto em Aparecida em 2019 cobra justiça: “quem o matou está livre”
A mãe do policial militar Walisson Miranda Costa, executado durante um trabalho de investigação da…
A mãe do policial militar Walisson Miranda Costa, executado durante um trabalho de investigação da inteligência do Comando de Policiamento Especial (CPE) no Anel Viário de Aparecida de Goiânia, em setembro de 2019, afirma que não vai recuar em seu apelo por Justiça. Walisson tinha 28 anos quando morreu com um tiro na cabeça.
“Se fosse com o seu filho, o que você faria? Eu tenho certeza que você estaria pedindo justiça para saber o porquê matou ele e, principalmente por que quem matou meu filho está até hoje está livre e não teve nenhuma punição”, diz Anísia Francisca de Miranda.
“O quarto dele continua do jeito que ele deixou. Não mudei nada”, diz a mãe. O quarto possui quadro fotos do filho fardado, além do fardamento que ele usava em trabalho, e roupas. “Abro o guarda-roupas dele, as gavetas, olho tudo. Mandei revelar muitas fotos dele. Tudo me faz lembrar dele”, revela.
A família chegou a criar um disque-denúncias para coletar informações sobre o caso.
Como estão as investigações?
A Polícia Civil diz, através de nota, que o inquérito policial instaurado para investigar a morte do policial militar Walisson Miranda Costa encontra-se na Delegacia Estadual de Homicídios (DIH).
“Importante ressaltar que o procedimento está em fase avançada de apuração, em que diversas diligências foram realizadas e outras ainda estão em curso, inclusive com algumas medidas judicializadas, vez que a complexidade do caso demanda investigação acurada”, diz nota.
Contudo, a corporação diz que os delegados de polícia responsáveis, em virtude do interesse das investigações e da necessidade da manutenção do sigilo das diligências, se pronunciarão apenas em momento oportuno.
Policial militar levou tiro na cabeça em Aparecida de Goiânia
Walisson estava com outros três policiais estavam em uma viatura descaracterizada do Serviço de Inteligência da Polícia Militar quando foram surpreendidos por ocupantes de uma caminhonete preta S-10, que passaram atirando. Assim, o policial militar foi morto com um tiro na cabeça. Outro militar foi atingido de raspão no ombro.
O policial chegou a ser socorrido no Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo) e passou por cirurgia.
A caminhonete depois foi encontrada abandonada às margens da GO-040.