Mãe diz que matou filha porque ela chorava demais ao sentir cólica, em Nazário (GO)
Menor poderá ficar até três anos apreendida pelo ato infracional análogo ao crime de homicídio
A adolescente de 17 anos que confessou ter agredido a filha de dois meses até a morte, em Nazário, afirmou que cometeu o crime porque a menina chorava muito ao sentir cólicas. O depoimento foi dado ao delegado Fernando Alves, responsável pela investigação. A menor foi apreendida na segunda-feira (12), pelo ato infracional análogo ao crime de homicídio. O pai da bebê não participou das agressões, mas também foi preso porque assistiu ao crime e não tentou impedi-lo.
“Ela (mãe) falou que estava muito impaciente, que a criança chorava muito e ficava com muitas cólicas. A impaciência dela somado ao consumo de drogas e álcool na noite anterior levou a situação de óbito da criança. Inclusive, no depoimento, ela falou que queria que a menina morresse”, explica o delegado.
Quando a investigação começou, o casal trocava acusações em relação à autoria do assassinato da bebê. Porém, quando foram entrevistada sozinha, a adolescente confessou que tirou a filha do berço após uma briga com o namorado e a sacudiu com insistência, além de dar tapas na cabeça da criança até que ela morresse. Um laudo apontou que a menina sofreu traumatismo craniano.
O pai da bebê é um rapaz de 23 anos que não participou da agressão, mas que também não tentou impedir a mulher de agredir a filha. Como ele descumpriu o dever legal de proteger a criança, foi autuado por homicídio qualificado. “Os pais tem o dever legal de evitar algo maior para com seus filhos, por isso, nesse caso, o pai foi autuado também por homicídio, já que ele nada fez para evitar a morte da bebê”, comenta Fernando.
A mãe continua apreendida e pode ficar até três anos em reclusão, que é a pena máxima cumprida por menores de idade. Já o pai poderá ser levado a júri popular com prisão de até 30 anos por homicídio qualificado.
LEIA MAIS
Mãe queima filha com colher após agredi-la por “comer demais”, em Alvorada do Norte (GO)
Goianésia: pai e madrasta são indiciados pela morte do menino Davi Luís
Pai e madrasta são suspeitos de torturar criança de 7 anos por ser “muito levada”
*Jeice Oliveira compõe programa de estágio do Mais Goiás sob supervisão de Alexandre Bittencourt