Mãe oferece cigarro eletrônico ao filho bebê e ri enquanto ele tosse; caso vai ser investigado
Jovem já foi identificada e será chamada para prestar depoimento
Uma jovem moradora do bairro Industrial Munir Calixto, em Anápolis, é investigada pela Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) após publicar um vídeo nas redes sociais, no qual oferece um cigarro eletrônico ao filho, um bebê. Nas imagens, a criança aparece tossindo logo após usar o dispositivo.
A conduta da mulher pode configurar crime, conforme o Artigo 243 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), que prevê detenção de dois a quatro anos e multa para quem “vender, servir, ministrar ou entregar, ainda que gratuitamente, de qualquer forma, à criança ou adolescente, bebida alcoólica ou outros produtos que possam causar dependência química ou psíquica”.
De acordo com a delegada Aline Lopes, titular da DPCA, a jovem já foi identificada e será chamada para prestar depoimento. O Conselho Tutelar também foi acionado e acompanha o caso.
A delegada explicou que a conduta da mulher pode configurar crime e se confirmado o delito, ela pode pegar de dois a quatro anos de prisão. Além disso, há o agravante relacionado ao fato ter sido registrado e publicado nas redes sociais.
Riscos do cigarro eletrônico para crianças
Especialistas alertam que o cigarro eletrônico pode gerar intoxicação por nicotina, tontura e até mesmo convulsões em crianças, além de problemas respiratórios, alergias e reações adversas.
A longo prazo, o uso precoce de cigarros eletrônicos pode levar à dependência da nicotina e problemas cardíacos já que a substância aumenta a pressão arterial e por consequência, o risco de doenças cardíacas.
A exposição à nicotina durante a infância e adolescência também pode afetar o desenvolvimento cerebral e cognitivo.