CÚMPLICE

Mãe suspeita de deixar marido abusar da filha de 9 anos é presa em Piracanjuba (GO)

A Polícia Civil prendeu, na tarde de terça-feira (21), uma mulher suspeita de permitir que…

A Polícia Civil prendeu, na tarde de terça-feira (21), uma mulher suspeita de permitir que o companheiro estuprasse a filha dela de apenas 9 anos de idade. Os crimes ocorreram por cerca de quatro meses durante o ano de 2015, na cidade de Piracanjuba, no sul de Goiás. Na época, o suspeito, que era padrasto da menina, acabou preso por estupro de vulnerável. Porém, a mãe da vítima fugiu assim que soube que também poderia ser detida e, desde então, não havia mais sido vista.

Leylton Barros, delegado responsável pela prisão da mulher, contou ao Mais Goiás que o crime chegou ao conhecimento da polícia através do Conselho Tutelar, que recebeu uma denúncia anônima. Na época do crime, há cerca de sete anos, os investigadores ouviram testemunhas e a própria criança, que detalhou a respeito dos abusos.

Por meio dos depoimentos, a polícia chegou a conclusão de que a mulher, de forma livre e consciente, permitia que seu companheiro violentasse sexualmente sua própria filha. O delegado afirma que a criança era constantemente forçada a manter relações com o indivíduo.

Na época em que o crime foi investigado, a polícia conseguiu prender o homem suspeito de praticar os abusos. No entanto, a mãe da menina fugiu, com medo de ser presa. Desde então, a criança ficou aos cuidados da avó materna.

Assim que a polícia obteve novas informações sobre o paradeiro da mulher, conseguiu cumprir contra ela um mandado de prisão preventiva também pelo crime de estupro de vulnerável, mas na modalidade omissiva. A pena para o delito pode atingir até 15 anos de prisão.

O delegado Leylton detalhou também que o suspeito negou o crime na época em que foi preso. O Mais Goiás não conseguiu contato com a defesa do homem e nem da mulher.

Vale enfatizar que um levantamento do Ipea mostrou que 70% das vítimas de estupro no Brasil são crianças e adolescentes. Além disso, 24,1% dos agressores eram os próprios pais ou padrastos e 32,2% amigos ou conhecidos da vítima.