Mães denunciam professor de Educação Física por assédio sexual contra crianças em escola de Goiânia
No assédio mais recente, o professor teria colocado as mãos de uma menina de 10 anos nos órgãos genitais dele
Mães e familiares de seis crianças denunciaram um professor de Educação Física da rede municipal de Educação de Goiânia por assédio sexual. Responsáveis pelas alunas vítimas do profissional registraram boletim de ocorrência na Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) na manhã desta quinta-feira (13). Segundo relatos feitos ao Mais Goiás, os crimes acontecem há vários meses na Escola Municipal Nadal Sfredo, no Setor Jardim Liberdade, e o mais recente ocorreu na quarta-feira (12), quando o homem teria colocado as mãos de uma menina de 10 anos nos órgãos genitais dele.
De acordo com uma mãe, que não terá o nome divulgado, a filha relatou que, durante a aula de Educação Física, o professor puxou os braços da menina para que ela o abraçasse por trás. Segundo o relato da criança, o profissional segurou os braços dela com força na região dos órgãos genitais dele.
Depois de tomar conhecimento sobre o ocorrido, a mulher foi até a escola e teve acesso a imagens de câmeras de segurança que corroboraram com a versão da garota. As filmagens, porém, não foram encaminhadas para a genitora, e, por isso, a reportagem não obteve acesso.
A mulher conta que decidiu relatar o caso em um grupo de mães da região. A partir daí, novos relatos de assédio apareceram. “Esse professor é efetivo. É um homem mais velho. Os relatos das crianças é que ele aproveitava as aulas na quadra para passar a mão nas alunas. Pedia para que elas fossem de saia para fazer alongamento”, disse.
Ainda conforme ela, além de a filha ter sofrido o assédio, a menina também presenciou o crime contra colegas. “Ela se sentia incomodada por fazer com outras garotas. Viu inclusive o professor passar a mão na bunda de uma colega. Muitas das crianças, que têm em média 10 anos, não queriam ir à escola principalmente nos dias de aula com ele”.
A mulher relata que o sentimento é revolta diante da situação. “É uma pessoa que está ali para ensinar e apoiar, mas comete esse tipo de coisa. Queremos justiça”, afirmou.
A reportagem tenta contato com a Polícia Civil para saber detalhes sobre a investigação.
Em nota, a SME disse que:
- Ao tomar conhecimento do caso, a pasta abriu imediatamente um procedimento para apurar o ocorrido;
- a Guarda Civil Metropolitana (GCM) estava presente na unidade educacional no momento da denúncia, e segue acompanhando o caso;
- todas as providências legais e administrativas estão sendo tomadas para esclarecer o fato e garantir apoio às famílias.