TRÂNSITO

Maio registra o dobro do número de mortes de abril nas BRs de Goiás

Onze pessoas perderam a vida no último mês; em abril, número foi de seis vítimas fatais

Mais de 12 mil pessoas ficaram feridas em acidentes em BRs goianas nos últimos 4 anos (Foto: Jucimar de Sousa / Mais Goiás)

Um levantamento feito pelo Mais Goiás revela que, durante o mês de maio deste ano, o número de mortes ocasionadas por acidentes nas rodovias federais que cortam o Estado de Goiás quase dobrou, em comparação a abril. Mesmo com toda a campanha de conscientização de trânsito no Maio Amarelo, 11 pessoas perderam a vida no último mês, contra seis vítimas fatais em abril. Todos os dados foram confirmados pela Polícia Rodoviária Federal de Goiás (PRF).

Feridos e mortos em acidentes nas BRs de Goiás (Arte: Niame / Mais Goiás)

A PRF, responsável por promover ações educativas e de fiscalização nas BRs, considerou “preocupante” a quantidade de condutores flagrados em situações de imprudência às leis de trânsito em maio. “É impressionante, e não deixa de ser preocupante, a quantidade de inabilitados abordados diariamente nas rodovias federais goianas, principalmente entre as motocicletas, por exemplo”, informou a corporação.

Ainda segundo a corporação, somente durante uma fiscalização feita na BR-060, em Rio Verde, 45 motos precisaram ser apreendidas e outras centenas foram flagradas em situações de infração. Na visão dos agentes, a falta de cuidado, de atenção e o desrespeito às leis de trânsito contribuem para a ocorrência de novos acidentes.

Acidentes registrados nas BRs de Goiás (Arte: Niame / Mais Goiás)

Prova disso, é que, além de mais mortes, maio superou o número de acidentes e feridos nas BRs goianas. Em abril, foram registrados 158 acidentes, que deixaram um total de 165 pessoas feridas. Em maio, o número subiu para 186 acidentes e 204 pessoas feridas.

Destaca-se, ainda, que de 2017 a abril deste ano, mais de 12 mil pessoas ficaram feridas e 831 morreram em acidentes nas rodovias federais, segundo um levantamento feito pela PRF.

Imprudência

Um homem de 37 anos morreu após ser arremessado da caminhonete que dirigia, na BR-060. A vítima perdeu o controle da direção e capotou
Vítima estava sem o cinto de segurança. Polícia ainda encontrou latas de cerveja com ele. (Foto: Divulgação/PRF)

No último dia 31 de maio, um motorista de 37 anos morreu após ser arremessado da caminhonete que dirigia, na BR-060, na zona rural da cidade de Rio Verde, no Sudoeste de Goiás. A vítima perdeu o controle da direção e capotou o veículo. Ele não usava o cinto de segurança e diversas latas e garrafas vazias de bebida alcoólica foram encontradas pela equipe de salvamento, no veículo.

De março a maio, mais de 2 mil pessoas foram flagradas sem o cinto de segurança, seja os condutores ou os próprios passageiros. Além disso, mais de 150 foram autuados por dirigirem embriagadas.

Policiais efetuaram disparos em partes do caminhão para que o motorista parasse a direção
Policiais efetuaram disparos em partes do caminhão para que o motorista parasse a direção (Foto: Divulgação/PRF)

Já no dia 9 de maio, um motorista de caminhão foi preso ziguezagueando pela BR-050, em Catalão. O homem realizou o teste do bafômetro, que acusou embriaguez de 1,22 miligramas de álcool por litro de ar expelido. A quantidade ingerida está mais de 22 vezes acima do valor de 0,05 miligramas de álcool por litro, que é permitido.

Desatenção

Maio Amarelo foi marcado pela imprudência e falta de atenção dos motoristas e principalmente motociclistas
Maio Amarelo é marcado por imprudência de motociclistas e falta de atenção nas BRs (Foto: Jucimar de Sousa / Mais Goiás)

Ao Mais Goiás, a PRF explicou que não é possível divulgar o que teria causado cada um dos acidentes. Isso porque, a motivação é base da perícia e precisa ser avaliada separadamente. Entretanto, a desatenção é uma das principais razões da causa de colisões e perdas de controle da direção, segundo os agentes.

Um levantamento feito na primeiro quinzena de maio, revelou que 32% dos acidentes foram causados pela desatenção, nos últimos quatro anos. A grande maioria são colisões traseiras.

A corporação alerta, ainda, que os condutores precisam ter mais cuidado e atenção ao dirigirem, já que não basta acontecerem menos acidente. “Muitas vezes podem acontecer menos acidentes, mas a gravidade deles é muito maior. Um acidente pode matar mais gente, dependendo da forma que ocorrer. O que nos preocupa mais que a quantidade é a gravidade“, explica o Inspetor Regis Alves.