JANEIRO ROXO

Mais Goiás.doc explora as dificuldades de pessoas diagnosticadas com Hanseníase

O Mais Goiás.doc dessa semana explora as dificuldades de pessoas diagnosticadas com Hanseníase. Antigamente conhecida…

O Mais Goiás.doc dessa semana explora as dificuldades de pessoas diagnosticadas com Hanseníase. Antigamente conhecida como Lepra, a doença é causada por uma bactéria chamada Mycobacterium leprae e atinge a pele e alguns nervos periféricos. Além do Janeiro Roxo, campanha de conscientização à Hanseníase, 31 de janeiro é o Dia Nacional de Combate e Prevenção à doença. Assista ao documentário e entenda quais são os sintomas, como é feito o diagnóstico e o tratamento, e quais os preconceitos enfrentados pelos pacientes diagnosticados com a doença.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o Brasil é o segundo País com mais casos de Hanseníase no mundo (cerca de 30 mil por ano). Nacionalmente, Goiás é o sexto estado com mais registros da doença (50.233), ficando atrás apenas de Maranhão, Pará, Mato Grosso, Pernambuco e da Bahia.

Quais são os sinais da Hanseníase?

Segundo a médica dermatologista Mayra Ianhez, os sintomas podem variar de paciente para paciente. Mas, no geral, os sinais de Hanseníase são: dores nas articulações, fraqueza e perda de sensibilidade no corpo, úlceras e manchas na pele. Muitas pessoas que são diagnosticadas têm também deformidades físicas, irritação nos olhos, lesões nos nervos, perda de peso e dificuldade em levantar o pé.

O diagnóstico é feito através de exames. Mayra diz que a descoberta precoce da infecção pode frear futuras transmissões e pode impedir o agravamento da doença. “A gente precisa fazer uma detecção precoce dos casos. E é por isso que o Janeiro Roxo existe”.

Mais Goiás.doc explora as dificuldades de pessoas diagnosticadas com Hanseníase (Foto: Artur Dias | Arte: Niame Loiola)

Como é feito o tratamento?

O tratamento da hanseníase é feito por meio do uso de medicamentos antibióticos – que têm como função matar o bacilo causador da doença – e remédios para dor. Uma vez que o tratamento é iniciado, em apenas 4 dias a pessoa deixa de transmitir a hanseníase para outras pessoas.

Segundo a médica, mesmo com o tratamento, muitos pacientes têm sequelas, que podem várias. Em alguns casos mais graves, os nervos das mãos e pés podem ficar atrofiados.

É bom frisar que o tratamento da hanseníase é oferecido gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Preconceito

Muitas pessoas, apesar de não transmitirem mais a doença, sofrem muito preconceito. Gleidiana da Silva Lopes tem dois filhos e ambos foram diagnosticadas Hanseníase. Ela conta que muitas pessoas deixaram de frequentar sua casa por causa do medo da transmissão, mas a parte que mais dói nela é ver o sofrimentos dos filhos.

A filha mais velha, a última a ser diagnosticada com Hanseníase, sofre com muitas dores. “Eu já chorei muito por conta dela, que sofre muito, ela grita muito”.

Mais Goiás.doc explora as dificuldades de pessoas diagnosticadas com Hanseníase - Mais Goiás.doc dessa semana explora as dificuldades de pessoas diagnosticadas com Hanseníase. Antigamente conhecida como Lepra, a doença é causada por uma bactéria chamada Mycobacterium leprae e atinge a pele e alguns nervos periféricos.
Mais Goiás.doc explora as dificuldades de pessoas diagnosticadas com Hanseníase (Arte: Niame Loiola)

Apesar da luta contra a infecção e contra o preconceito, a mãe acredita na melhora dos filhos e espera que eles fiquem bem o quanto antes.

Assista ao Mais Goiás.doc completo:

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