Mais Goiás.doc retrata desafios, preconceitos e história do HIV e da Aids no Brasil
Em razão do Dezembro Vermelho – campanha de conscientização a respeito do HIV e da…
Em razão do Dezembro Vermelho – campanha de conscientização a respeito do HIV e da Aids -, o Mais Goiás.doc desta semana retrata os desafios, preconceitos e a história da doença no Brasil. O episódio relata também quais são os sintomas, tratamentos, métodos de prevenção e o diagnóstico de pessoas que testaram positivo. (Assista abaixo).
A infectologista Heloina Clarete explica que a Aids é a doença provocada pelo HIV (sigla em inglês para vírus da imunodeficiência humana). “Uma vez que você se infecta, que você pega esse vírus, ele vai entrar no processo de multiplicação dentro das células e vai começar a destruir células importantes do sistema imunológico”.
A médica também sublinhou quais são os sintomas da Aids e o tempo para que a infecção seja detectada. “Às vezes, a pessoa acha que teve uma dengue, uma virose qualquer”, diz. Ela também relatou sobre os meios de transmissão e as formas de prevenção.
Aids e HIV: diagnóstico e preconceito
Marco Antônio de Barros, de 46 anos, trabalha com reciclagem e relata que descobriu que era portador da doença ao passar mal e sentir fraquezas recorrentes. Ele ficou internado e, ao receber alta do hospital, recebeu também a notícia de que havia testado positivo para o HIV. “No início, eu fiquei em (sic) depressão. Mas aos poucos eu fui tendo o acolhimento das pessoas, que me deram conselhos e me incentivaram a erguer a cabeça”.
Marco revela que sofreu muito preconceito, inclusive dentro de casa. Segundo ele, apesar de o vírus não ser transmitido por meio de saliva, sua tia separava seus os pratos, copos e talheres com medo de pegar de se infectar. Hoje ele fala abertamente sobre viver com HIV e sobre seu diagnóstico. “Quem vê cara, não vê coração. Não está escrito no semblante da pessoa que a pessoa tem [HIV]”, alerta.
O Grupo Aids Apoio Vida Esperança (AAVE) é uma associação de apoio às pessoas soropositivas e foi fundado em meio à epidemia de Aids. Margaret Mary Hosty é a fundadora do projeto e disse que o criou quando ela perdeu um amigo para a doença. “Eu pensei ‘vou esquecer essa coisa’, mas não deu para esquecer porque eu estava realmente consciente da necessidade das pessoas terem mais informações”, relembra.
Logo em seguida, em 1995, a fundadora chamou outros cooperadores que tinham interesse em dar início ao projeto, conheceu outras pessoas soropositivas e o Grupo Aids Apoio Vida Esperança passou a existir. Margaret ressalta que a discriminação ainda está presente nos dias atuais. “A informação está disponível, mas as pessoas não querem saber e preferem descriminar, condenar, julgar”, afirma.
A presidente do AAVE, Tâmara Fabíola Borges, conta que o preconceito é frequente até durante a testagem. “Às vezes, a gente para uma pessoa para fazer o teste e ela fica com tanto medo do que os outros vão pensar, que não faz”.
Vale lembrar que o grupo oferece cursos, oficinas e oportunidades para pessoas que testaram positivo para o vírus. Além da disseminação da informação acerca do HIV e da Aids, o projeto também oferece apoio jurídico e psicológico para os pacientes.
A psicanalista Hellen Barbosa reforça quais são os cuidados que o paciente deve ter durante o diagnóstico. “É importante procurar ajuda, procurar informação e procurar atendimento psicológico.”
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