Conclusão

Major da PM é indiciado por sequestro e estupro de irmãs, em Rio Verde

Delegada à frente do caso afirma que não é descartada hipótese de premeditação do crime. Major da PM está preso no presídio militar, em Goiânia

Ex-major da PM é condenado a 45 anos por sequestro e estupro de duas irmãs

O major da Polícia Militar (PM) Cristiano Silva de Macena foi indiciado por sequestro e estupro contra duas irmãs, de 11 e 12 anos, em Rio Verde. De acordo com a delegada que investigou o caso, Jaqueline Camargo, não é descartada a hipótese de premeditação do crime.

Ainda segundo a delegada, a suspeita existe porque a caminhonete do homem foi vista nas proximidades do bairro no momento em que as meninas foram levadas e, posteriormente, devolvidas. Outro fato que chamou a atenção foi que as duas vítimas reconheceram o suspeito imediatamente.

Objetos apreendidos na casa do policial foram mostrados para elas e, de acordo com Jaqueline, também foram reconhecidos. Ela destaca que o inquérito será finalizado e encaminhado para o Poder Judiciário. Com isso, Cristiano responderá por sequestro, cárcere privado qualificado, estupro de vulnerável e adulteração de sinal identificador de veículo. Somadas as penas, ele pode pegar mais de 50 anos de prisão.

Relembre o caso

Cristiano foi preso no último dia 23 de outubro. Segundo a corporação, no dia do crime, as vítimas contaram que o homem pulou o muro e entrou na residência. Ele teria amarrado a avó e levado às crianças. Ainda em depoimento, as meninas relataram que foram para um casa sem muitos móveis e que foram abusadas durante cerca de duas horas.

Os abusos foram comprovados em exames. Atualmente, as vítimas passam por tratamento e apoio psicológico. No último dia 24 de outubro, o Ministério Público de Goiás (MP-GO) solicitou a conversão da prisão em flagrante para preventiva. O pedido, feito do promotor Fabrício Lamas Borges, foi justificado pela periculosidade do caso. E por haver indícios de que o policial poderia comprometer provas. Fabrício destaca que o major não teria apresentado o celular.

No dia seguinte, o juiz Rodrigo Melo Bustolin converteu a prisão após audiência de custódia. No mesmo dia, o Comando Geral da PM informou que ele havia sido exonerado do cargo de comandante da Companhia de Policiamento Especializado (CPE). O cargo ficou sob responsabilidade do capitão Ronniery de Morais. O policial segue preso no presídio militar, em Goiânia.