Crise
Na última semana, a administração do HMDI começou a redistribuir os funcionários que trabalhavam na parte de consultas, exames e cirurgias. Os serviços deixaram de ser realizados na unidade a pedido da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) com o objetivo de cortar custos.
Desde o dia 23 de março apenas consultas e exames que já estavam agendadas eram realizadas. Segundo o diretor-executivo da Fundação de Apoio ao Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás (FundaHC), José Antônio de Morais, um informativo interno orientou os funcionários sobre a necessidade de mudanças nas funções.
“Era necessário informar que ninguém seria demitido. Os médicos, maior parte contratada pela SMS, escolheram entre a emergência do hospital ou serem colocados à disposição da secretaria para trabalhar em outra unidade de saúde”, explicou o diretor. José Antônio afirma que a decisão da maior parte dos profissionais foi por continuar no HMDI.
O diretor ainda destaca que os partos e serviços de urgência e emergência – que são a razão de ser do HMDI – continuam a ser realizados normalmente. Em março, foram realizados 383 partos no hospital. Em janeiro, foram 324.
Dívida
Quando o HMDI foi aberto, apenas estes serviços eram prestados. As consultas e exames começaram a ser feitas a pedido da SMS, o que levou à dívida da Prefeitura de Goiânia com a FundaHC que hoje é de R$ 18 milhões.
Em março, este valor era de R$ 24 milhões, o salário dos funcionários chegou a atrasar e insumos deixaram de ser entregues por fornecedores, o que levou ao fechamento do ambulatório no dia 13. Dias depois, a SMS realizou um novo repasse à fundação, o que permitiu o pagamento de dívidas com fornecedores e salários.
Por nota, a SMS informou que está pagando a FundaHC regularmente e que só no mês de março foram repassados mais de R$ 5 milhões.