Mapa da água: Aparecida (GO) tem substâncias dentro do limite de segurança
A água de Aparecida de Goiânia está dentro dos limites de segurança é o que…
A água de Aparecida de Goiânia está dentro dos limites de segurança é o que garante levantamento do Repórter Brasil e Agência Pública, entre 2018 e 2020. No entanto, a pesquisa mostrou pelo menos 13 substâncias com maiores riscos de gerar doenças crônicas e sete que geram riscos à saúde.
Os testes foram feitos pelas instituições responsáveis pelo abastecimento e enviados ao Sistema de Informação de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano (Sisagua), do Ministério da Saúde.
Entre as substâncias encontradas estão com maiores riscos de gerar doenças crônicas estão dois agrotóxicos alaclor e aldrin + dieldrin, além de 2,4,6 Triclorofenol, que é classificado como provavelmente cancerígeno pela Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos. Veja a lista a abaixo.
Entre as substâncias que também geram riscos à saúde estão um agrotóxico 2,4 D + 2,4,5 T, classificado como possivelmente cancerígeno para humanos pela Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (IARC). O herbicida foi o 2º agrotóxico mais vendido no país em 2019. Seu uso é permitido tanto no Brasil quanto na União Europeia como agrotóxico. Além de mercúrio e urânio, considerados com potenciais riscos de câncer.
Segundo o levantamento, os registros estão dentro do limite de segurança e não ultrapassaram a concentração máxima permitida pelo Ministério da Saúde. Ou seja, estão abaixo da concentração a partir da qual a substância passa a gerar risco.
Os dados levantados pela Repórter Brasil mostram que são esses os riscos oferecidos pela água que saiu da torneira de 763 cidades entre 2018 e 2020. Substâncias químicas e radioativas foram encontradas acima do limite em 1 de cada 4 municípios que fizeram os testes. Entre eles está São Paulo (13 testes acima do limite), Florianópolis (26) e Guarulhos (11).
O mapa pode ser conferido no link.
Saneago diz que monitora a água e obedece padrões de potabilidade estabelecidos pelo Ministério da Saúde
Em nota, a Saneago diz que aágua tratada obedece, rigorosamente, todos os padrões de potabilidade estabelecidos pelo Ministério da Saúde. E garante que água fora do padrão de potabilidade, que possa causar risco à população, não é distribuída aos consumidores, portanto, não chega aos imóveis.
“Para as situações pontuais de inconformidade, são executadas ações corretivas, como descargas em ramais e na rede de distribuição. Em situações de urgência, ações preventivas e/ou corretivas são executadas como: paralisação do tratamento de água, manutenções nos sistemas de abastecimento de água, limpeza dos reservatórios, limpeza da rede de distribuição”, destaca a estatal.
Além disso, a Companhia realiza o monitoramento da qualidade da água bruta (captada nos mananciais ou poços tubulares profundos) e tratada dos sistemas de abastecimento nos 226 municípios onde opera. O acompanhamento é feito por meio de análises, conforme determinado pelas legislações vigentes do Ministério da Saúde e do Ministério do Meio Ambiente. Os parâmetros analisados e a frequência seguem a recomendação da Resolução Conama nº 357, de 17 de março de 2005, do Ministério do Meio Ambiente e Conama nº 396, de 03 de abril de 2008.
“O monitoramento da água tratada é realizado nos laboratórios da Saneago e segue a determinação da Portaria nº 888/2021 do Ministério da Saúde, que altera a Portaria de Consolidação nº 5 de 28/09/2017, Ministério da Saúde, Anexo XX. Os pontos de amostragem estão localizados nas saídas das Estações de Tratamento de Água (ETAs), em reservatórios de água tratada e nas redes de distribuição da água tratada”, aponta a nota.
Substâncias com os maiores riscos de gerar doenças crônicas, encontradas na água de Aparecida de Goiânia
Alaclor (Agrotóxicos)
Aldrin + Dieldrin (Agrotóxicos)
2, 4, 6 Triclorofenol (Subprodutos da desinfecção)
Arsênio (Substâncias Inorgânicas)
Cádmio (Substâncias Inorgânicas)
Chumbo (Substâncias Inorgânicas)
Cromo (Substâncias Inorgânicas)
Níquel (Substâncias Inorgânicas)
Nitrato (como N) (Substâncias Inorgânicas)
Nitrito (como N) (Substâncias Inorgânicas)
Selênio (Substâncias Inorgânicas)
Benzeno (Substâncias Orgânicas)
Tetracloroeteno (Substâncias Orgânicas)
Substâncias que também geram riscos à saúde:
2,4 D + 2,4,5 T (Agrotóxicos)
Trihalometanos Total (Subprodutos da desinfecção)
Antimônio (Substâncias Inorgânicas)
Bário (Substâncias Inorgânicas)
Cobre (Substâncias Inorgânicas)
Mercúrio (Substâncias Inorgânicas)
Urânio (Substâncias Inorgânicas)
Confira a nota completa da Saneago
A Saneago tranquiliza a população em relação à qualidade da água para abastecimento público. Destacamos que nossa água tratada obedece, rigorosamente, todos os padrões de potabilidade estabelecidos pelo Ministério da Saúde. Garantimos que água fora do padrão de potabilidade, que possa causar risco à população, não é distribuída aos consumidores, portanto, não chega aos imóveis.
Para as situações pontuais de inconformidade, são executadas ações corretivas, como descargas em ramais e na rede de distribuição. Em situações de urgência, ações preventivas e/ou corretivas são executadas como: paralisação do tratamento de água, manutenções nos sistemas de abastecimento de água, limpeza dos reservatórios, limpeza da rede de distribuição.
A Companhia realiza o monitoramento da qualidade da água bruta (captada nos mananciais ou poços tubulares profundos) e tratada dos sistemas de abastecimento nos 226 municípios onde opera. O acompanhamento é feito por meio de análises, conforme determinado pelas legislações vigentes do Ministério da Saúde e do Ministério do Meio Ambiente. Os parâmetros analisados e a frequência seguem a recomendação da Resolução Conama nº 357, de 17 de março de 2005, do Ministério do Meio Ambiente e Conama nº 396, de 03 de abril de 2008.
O monitoramento da água tratada é realizado nos laboratórios da Saneago e segue a determinação da Portaria nº 888/2021 do Ministério da Saúde, que altera a Portaria de Consolidação nº 5 de 28/09/2017, Ministério da Saúde, Anexo XX. Os pontos de amostragem estão localizados nas saídas das Estações de Tratamento de Água (ETAs), em reservatórios de água tratada e nas redes de distribuição da água tratada.
A Saneago possui uma rede de laboratórios, sendo 190 laboratórios operacionais, 16 laboratórios regionais e um Laboratório Central de Água, que possui certificado de acreditação segundo os requisitos legais estabelecidos pela ABNT NBR ISO/IEC 17025:2017 concedido pela Coordenação Geral de Acreditação do Inmetro (CGCRE).
Com isso, a Companhia se destaca entre as principais companhias de saneamento do País, sendo o Laboratório Central um dos poucos laboratórios de empresas de saneamento a obter esse reconhecimento. A documentação atesta a qualificação dos serviços realizados, garante a confiabilidade das análises e demonstra, de forma objetiva e documentada, a competência do Laboratório em produzir resultados válidos e confiáveis. Além disso, certifica que a unidade tem o Sistema de Gestão da Qualidade implementado em conformidade com as normas técnicas.
A Saneago realizou mais de 4 milhões de análises entre 2018 e 2021. No Laboratório Central de Água, em Goiânia, a Saneago realiza em torno de 354 mil análises anuais, referente aos parâmetros físico-químicos, bacteriológicos, hidrobiológicos, compostos orgânicos/agrotóxicos e metais. Os laboratórios regionais realizam anualmente em torno de 650 mil análises, referente aos parâmetros físico-químicos, bacteriológicos. Já os laboratórios operacionais, nas estações de tratamento de água, realizam análises fisico-químicas no mínimo a cada 2 horas para garantir a eficiência e eficácia do processo de tratamento de água.
Todos os resultados monitorados pela Saneago são disponibilizados no Siságua mensalmente e semestralmente, conforme formulário próprio do Vigiágua. Portanto, a Saneago realiza o monitoramento conforme os requisitos legais de potabilidade da legislação brasileira.