Déjà vu na saúde

Maternidades de Goiânia suspendem atendimentos por falta de pagamento mais uma vez

Apenas casos de urgência e emergência ainda serão atendidos

Maternidades de Goiânia suspendem atendimentos eletivos pela segunda vez em menos de um ano por falta de pagamentos e repasses da Prefeitura. A suspensão impacta diretamente os atendimentos eletivos em três importantes maternidades da capital: Hospital e Maternidade Dona Iris (HMDI), Maternidade Nascer Cidadão (MNC) e Hospital Municipal da Mulher e Maternidade Célia Câmara (HMMCC). A medida, anunciada na tarde de segunda-feira (16/12), limita os serviços apenas aos casos de urgência e emergência, deixando gestantes e recém-nascidos sem acesso a consultas e procedimentos agendados.

De acordo com a Fundahc/UFG, entidade responsável pela gestão das unidades, a paralisação ocorre em função do atraso nos repasses financeiros que deveriam ser feitos pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS). A instituição reforçou, por meio de nota, que está empenhada em solucionar a situação o mais rápido possível, mas depende do cumprimento dos compromissos financeiros por parte do município para retomar os atendimentos de forma plena.

A Fundação destacou que, enquanto aguarda uma resolução, a equipe técnica está trabalhando em conjunto com representantes da Prefeitura para revisar os planos de trabalho dos convênios, buscando viabilizar a continuidade dos serviços. Além disso, a Fundahc aguarda um desfecho favorável das negociações e decisões judiciais relacionadas aos repasses atrasados, que têm comprometido o funcionamento das unidades.

Suspensão de atendimentos em maternidades de Goiânia afeta saúde de gestantes e puérperas

Essa é a segunda vez, em menos de um ano, que os atendimentos eletivos são interrompidos em Goiânia devido a problemas financeiros. Na última ocorrência, em outubro, os serviços ficaram suspensos por dois meses. Segundo a Fundahc, nos últimos dois anos já foram registradas quatro interrupções. A instituição ressalta que, em situações como essa, gestantes e puérperas são as principais afetadas, enfrentando dificuldades no acesso a consultas de rotina, exames e procedimentos agendados, essenciais para o acompanhamento adequado da saúde materna e neonatal.

A Secretaria Municipal de Saúde ainda não apresentou um posicionamento oficial sobre os atrasos nos pagamentos e os impactos da paralisação nos serviços de saúde pública. Enquanto isso, as maternidades seguem operando em regime restrito, priorizando apenas casos considerados emergenciais.

Nota da Fundahc/UFG à imprensa

A Fundahc/UFG informa que, diante dos atrasos nos repasses financeiros por parte da Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia (SMS), o Hospital e Maternidade Dona Iris (HMDI), a Maternidade Nascer Cidadão (MNC) e o Hospital Municipal da Mulher e Maternidade Célia Câmara (HMMCC) estão atendendo apenas casos de urgência e emergência pelas fichas vermelha, laranja e amarela.

A Fundahc/UFG reitera seu compromisso com a segurança de pacientes e profissionais e informa que segue empenhada em negociações, aguardando os desdobramentos da Justiça para receber os valores em aberto e viabilizar a retomada dos serviços ambulatoriais e eletivos nas maternidades municipais o mais breve possível.

Informa, ainda, que a área técnica da fundação atua com a equipe de transição à Prefeitura de Goiânia para revisão dos planos de trabalho de todos os convênios a fim de assegurar a sustentabilidade das unidades e a excelência no atendimento às gestantes e seus bebês.”