Mateus Ferreira sofreu lesões do nível de graves acidentes de trânsito
O estudante Mateus Ferreira, de 33 anos, sofreu lesões do nível que são causadas por…
O estudante Mateus Ferreira, de 33 anos, sofreu lesões do nível que são causadas por graves acidentes de trânsito. É o que explica o médico intensivista e coordenador da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) 2 do Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo), Alexandre Amaral.
Mateus foi transferido nesta quarta-feira (3) para a UTI 2, está consciente e a família dele pode passar até 12 horas por dia ao seu lado neste setor. De acordo com Amaral, Mateus ainda não pode conversar porque está ligado a um aparelho de ventilação mecânica que o ajuda a respirar. Ele também continua recebendo remédio contra dor.
Os traumas que Mateus sofreu foram muitos: vários ossos que contornam o nariz foram refeitos, a clavícula ainda está quebrada e parte do osso frontal (testa) foi retirado, exigindo reconstituição cirúrgica das membranas que protegem o cérebro. Mesmo com a melhora do quadro clínico do paciente, os médicos decidiram deixar o aparelho ligado para evitar complicações, pois o estado dele ainda é grave. “Ele consegue entender o que os familiares dizem e consegue dar respostas mesmo sem verbalizar. Ele provavelmente não terá sequelas permanentes”, afirmou o médico.
Mateus sofreu as lesões após ser agredido durante uma manifestação na última sexta-feira (3) na Praça dos Trabalhadores, em Goiânia. Amaral explica que a vítima chegou ao Hugo ainda consciente com fraturas nos ossos da região frontal do rosto. Ele passou por diversos exames para que os médicos verificassem quais eram os danos.
Procedimentos
A primeira cirurgia de reparação de ossos da fase – próximo aos olhos – aconteceu no dia seguinte. “É normal que as equipes esperem de 12 a 24 horas antes da cirurgia”, explica o médico. Horas depois, Mateus passou também por cirurgia buco-maxilo-facial. A operação de reconstrução completa dos ossos da face será feita em outro momento.
O médico conta ainda que o paciente teve disfunção renal e pulmonar logo após os procedimentos, o que é, de acordo com Amaral, uma consequência comum após traumas de grande intensidade. “Ele já passou por duas sessões de hemodiálise. Hoje não teve necessidade de uma nova sessão porque ele melhorou. Pode ser que amanhã façamos mais uma, mas vai depender de como o corpo dele responder”, explica Amaral.
A UTI 2 do Hugo é um projeto pioneiro no Brasil em que até dois familiares podem permanecer ao lado do leito do paciente por até 12 horas. Amaral explica que é registrada melhora considerável no quadro de pacientes que têm familiares por perto durante o tratamento.