Investigação

Médico acusado de assédio praticava crimes desde agosto de 2023, dizem alunas

João Paulo deve passar nessa sexta por audiência de custódia. É nessa audiência que a Justiça decide se o médico continuará preso

Médico João Paulo Ferreira de Castro (Foto: Polícia Civil)

As quatro alunas da UniEvangélica que denunciaram à Polícia Civil o médico João Paulo Ferreira de Castro por assédio e importunação sexual afirmam que o suspeito praticou os crimes entre agosto de 2023 e março deste ano.

Todas têm entre 22 e 25 anos. João Paulo tem 26. A delegada Isabella Joy disse na quinta (20) que há indícios de assédio a pelo menos outras 53 mulheres, e solicitou que elas se apresentem “para que o autor possa responder por todos os atos que praticou”.

João Paulo deve passar nessa sexta por audiência de custódia. É nessa audiência que a Justiça decide se a prisão ocorreu dentro dos parâmetros legais e se é cabível substituir a restrição de liberdades por medidas alternativas.

A prisão
João Paulo foi preso pela Polícia Civil de Goiás nesta quinta-feira (20). Além da prisão, que aconteceu por volta das 8h da manhã na Santa Casa de Anápolis, também foi cumprido mandado de busca e apreensão em desfavor do investigado.

“Todas relataram condutas indecorosas, passando a mão, sempre com aquele tom que é de brincadeira, mas que acaba sendo um ato libidinoso”, disse a delegada à TV Anhanguera.

A Santa Casa de Anápolis disse em nota à emissora que João Paulo atua como médico residente e que não tem vínculo empregatício com o hospital. Afirmou também que não recebeu qualquer relato de denúncia contra o médico por parte de pacientes ou colaboradores.

A defesa de João diz que vai provar a inocência dele e que o que houve foi um ‘mal-entendido’. O espaço está aberto para a UniEvangélica se manifestar.

Vítimas do médico podem denunciar pelo telefone (62) 985310086.