Médico vira réu por abusos sexuais cometidos contra pacientes, em Goiânia

O médico Joaquim de Souza Lima Neto, de 58 anos, virou réu nos crimes de estupro e abuso sexual mediante fraude cometidos em oito pacientes, após o Tribunal de Justiça de Goiás acatar a denúncia do Ministério Público do Estado (MPGO). A decisão foi da juíza Placidina Pires, da 10ª Vara Criminal da comarca da capital. Até o momento, os relatos recebidos no MPGO são que os abusos aconteceram entre 1994 e janeiro deste ano.

Conforme denúncia, além dos crimes contra a dignidade sexual, o homem também foi denunciado por falsidade ideológica, pois ele relatou perante a Polícia Civil que ele era inscrito na Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia. Porém, segundo o Conselho Regional de Medicina, o médico não possui inscrição nesse tipo de especialidade.

No total, foram 40 denúncias formais recebidas pela Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam). Porém, apenas três serão julgadas como estupro e outras cinco por violação sexual mediante fraude, pois foram realizadas dentro do prazo de decadencial de seis meses.

O médico, que foi preso no último dia 23, e, conforme denúncia do MPGO, costumava agir da mesma forma diante as pacientes. As vítima relataram que eram colocadas deitadas no leito do consultório médico em posição vulnerável e cobertas por uma camisola. Após isso, Joaquim introduzia o dedo em suas genitais e cometia os abusos, além de xingar as vítimas verbalmente. Em alguns relatos de vítimas que procuraram o Mais Goiás, o médico chegou a se masturbar durante a consulta.

Joaquim nega os casos. Perante a delegada Ana Elisa Gomes, da Deam, ele alegou que os relatos são “mentirosos” e afirma ser “totalmente ético em durante seus atendimentos”.  “É a tese adotada pela defesa: desqualificar as vítimas”, sublinhou a delegada.