Médico goiano morto por policial militar será sepultado em Ceres
Luiz Augusto havia assistido a um jogo do Flamengo em um bar na Asa Sul, em Brasília; ele estava junto com um PM reformado quando os dois foram abordados pela corporação
O médico endocrinologista Luiz Augusto Rodrigues, de 45 anos, foi morto com um tiro por um policial militar será sepultado em Ceres, cidade onde nasceu. O local do sepultamento será no cemitério Jardim das Palmeiras, mas ainda não há informações sobre o horário. O goiano foi morto na madrugada de quinta-feira (28), em Brasília. De acordo com relatos da corporação, os militares viram dois homens em atitude suspeita perto de uma caminhonete em frente ao Teatro dos Bancários, na Asa Sul. Os dois foram abordados e, em resposta, o homem que estava com Luiz sacou uma arma e apontou aos PMs. Em seguida, um soldado reagiu e disparou contra o médico, que estava desarmado. O homem que estava junto com o médico e portava a arma calibre .38 era um PM reformado.
Luiz Augusto foi atingido na cabeça por uma carabina calibre 5.56. O Corpo de Bombeiros foi acionado, mas o médico faleceu no local. O soldado que efetuou o disparo não foi preso em flagrante, pois e se apresentou na 1ª DP de Brasília. Ele foi afastado das ruas.
De acordo com testemunhas, antes de Luiz ser morto, ele assistia ao jogo entre Flamengo e Ceará pelo Campeonato Brasileiro. O médico estava no Bar e Restaurante Cabana, local que frequentava constantemente. “Quando estava indo embora, foi abordado por uma equipe da PMDF e só deu para escutar o tiro”, contou em entrevista um vigilante do local, que pediu para não ser identificado. Já um amigo da vítima disse que o caso é inacreditável. “Passei pelo bar, cheguei a cumprimentar o Luiz. Frequentávamos o local juntos. Era muito amigo. Um cara da paz. Ainda estou sem acreditar”, diz.
Um comerciante que trabalha na 314/315 Sul, lugar do crime, relatou que Luiz era simpático e gentil com todos. “Tinha o costume de sair do plantão, no Setor Hospitalar, e passar aqui onde se reunia com outros amigos. Costumava falar que tinha cumprido as tarefas do dia e queria espairecer”, disse.
Nota PM
Em nota, a Polícia Militar disse que o disparo foi dado “diante do risco iminente”. E que “os policiais não tiveram alternativa e efetuaram dois disparos, que atingiram um dos homens”.
Nota SindMédico
Já o Sindicato dos Médicos do Distrito Federal (SindMédico – DF) lamentou a morte do endocrinologista. O órgão afirmou que se solidariza com a esposa e familiares da vítima e espera que o caso seja apurado por autoridades com “celeridade e rigor”.
*Com informações do site Metrópoles