Médico que deformou pacientes em Goiânia e Brasília é suspenso por 30 dias
Casos aconteceram em 2018
O Conselho Regional de Medicina de Goiás (Cremego) aplicou pena disciplinar de suspensão por 30 dias no registro do médico Wesley Noryuki Murakami da Silva, conhecido como Dr. Murakami. O documento do Cremego, publicado no Diário Oficial de Goiás, tornou pública “a aplicação da penalidade de suspensão do exercício profissional por 30 dias”.
Já no Diário Oficial do DF, o Conselho Regional de Medicina do Distrito Federal (CRM-DF) referendou a pena e informou que o Murakami “estará impedido de exercer a Medicina que deverá ser cumprido no período compreendido entre os dias 5 de maio de 2022 a 03 de junho de 2022”.
Inclusive, no site do CRM, a situação do médico consta como “suspensão temporária” no DF e “suspensão total temporária”, em Goiás. Murakami ficou conhecido por deformar rostos de pacientes em Brasília e Goiânia, em 2018. À época, ele foi preso pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF).
Confira a publicação do Diário Oficial do DF (página 86) AQUI.
Relembre o caso
O médico “Dr. Murakami” – como o profissional se apresenta nas redes sociais – usava a estratégia de apontar defeitos nos pacientes para que eles se interessassem pelos serviços dele. Após as denúncias de clientes que queixaram-se do resultado dos procedimentos realizados, o Conselho Regional de Medicina do Distrito Federal o impediu de exercer a profissão. O Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás também suspendeu o registro de Murakami cautelarmente, à época.
O médico se tornou alvo de processo ético depois que mais de 30 pessoas denunciarem procedimentos cirúrgicos malfeitos, com a aplicação de PMMA (sigla para polimetilmetacrilato, um plástico apresentado no formato de microesferas). A suspeita era de que o médico tivesse injetado o produto em excesso e em locais nos quais não haveria necessidade.
Wesley chegou a ser preso temporariamente em 21 de dezembro de 2019 pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), em Goiânia. Após 26 dias na prisão.