Médicos confirmam adesão à greve
A partir amanhã atendimentos serão interrompidos em todas as unidades de Saúde
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Para tentar resolver o impasse entre a prefeitura de Goiânia e as categorias de servidores da Saúde que estão em greve, o promotor do Centro de Apoio Operacional da Saúde do Ministério Público do Estado de Goiás (CAO SAÚDE MP), Érico de Pina Cabral, convocou uma reunião com representantes da administração municipal e dos sindicatos para a próxima semana.
O promotor não informou a data, o horário nem o local da reunião porque não deseja, neste primeiro encontro, a participação dos jornalistas.
Érico de Pina afirma que os servidores têm direito de protestar, mas que a prefeitura não está em condições de arcar com o pagamento dos benefícios. “O custo do impasse prefeitura-servidores é a saúde e a dignidade da população. O que nós queremos é poupar as pessoas da demora na resolução do conflito”.
O promotor disse que a proposta já foi apresentada tanto para servidores quanto para a prefeitura. Érico de Pina acredita que as negociações podem avançar, sem prejuízo da reunião que já estava marcada para a próxima quarta-feira. Ele lembra que convidou representantes dos Sindicatos dos Médicos, dos Enfermeiros, dos Odontólogos, do Sindsaúde e do Samu.
Ele explica que já houve uma conversa com os médicos para evitar a paralisação, agendada para domingo, para não sacrificar a população. “Prometemos empenho para resolver a situação e não prejudicar quem precisa da saúde pública” finaliza.
Presenças
A presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde (Sindsaúde), Flaviana Alves, confirma que a entidade vai participar da reunião convocada pelo MP e espera que haja avanço em alguma questão.
A presidente do Sindicato dos Enfermeiros de Goiás (Sieg), Dionne Hallyson Silva de Siqueira também confirma presença na reunião com o MP e a prefeitura. “Estamos abertos à negociação. Aliás, sempre estivemos”.
O presidente do Sindicato dos Odontologistas no Estado de Goiás, José Augusto Milhomem da Mota afirma que a entidade também estará presente ao encontro da próxima semana. Sobre o pedido da prefeitura para decretar a ilegalidade da greve, ele diz que é um direito do município. “Mas é justo obrigar o servidor a trabalhar sem oferecer condições e ainda com salário cortado?”, questiona. Ele cita como exemplo o Cais Garavelo, que foi fechado por não oferecer condições de atendimento aos usuários, mas que a Justiça determinou a reabertura da unidade.
O presidente do Sindicato dos Médicos (Simego), Rafael Cardoso Martinez, explicou que a categoria vai parar mesmo a zero hora de domingo. “Lembrando que a emergência vai funcionar normalmente, e só vão parar os atendimentos eletivos”.
O médico afirma que na quarta-feira, à noite, vão ter uma nova assembléia para avaliar a negociação do MP com a gestão municipal.
Prefeitura
Por meio de nota, a prefeitura informa que atendeu duas das principais reivindicações da categoria da saúde com a concessão de 6,28% de reajuste referente a data base de 2014. O percentual já está aplicado nos salários da folha do mês de abril que será pago nos próximos dias. Também foram concedidos mais 7,36% de reajuste referente à data-base de 2015. O percentual foi escalonado com 1,5% de reajuste em maio, 1,5% em setembro e 4,36% em janeiro de 2016.