PARALISAÇÃO

Após pagamentos, médicos de Goiânia reavaliam greve marcada para dia 11

A paralisação havia sido decidida na última segunda-feira (4), em resposta aos atrasos recorrentes nos pagamentos dos profissionais

Médicos que atuam nos CAIS de Goiânia decidem deflagrar greve (Foto: Divulgação)

Os médicos credenciados à Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Goiânia, que atuam nos Centros de Atendimento Integral à Saúde (Cais) e nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), voltam a se reunir nesta quinta-feira (7) em assembleia para discutir a greve por tempo indeterminado marcada para iniciar em 11 de novembro. A pasta garante que todos os pagamentos foram realizados, mas a categoria afirma que ainda há algumas pendências de meses anteriores.

A paralisação havia sido decidida na última segunda-feira (4), em resposta aos atrasos recorrentes nos pagamentos dos profissionais. No entanto, a situação pode mudar.  A SMS de Goiânia realizou o pagamento dos valores em atraso nesta quarta-feira (6), o que abriu a possibilidade de os médicos reavaliarem a continuidade da greve.

O Sindicato dos Médicos do Estado de Goiás (Simego), que representa a categoria, destacou ao Mais Goiás que tem feito levantamento se todos os profissionais já receberam os devidos pagamentos e afirmou que a decisão sobre a paralisação será definida durante a assembleia de logo mais. “O que a gente constatou é que foi erro de processamento bancário, mas existem outros médicos, grupo grande de médicos que estão sem receber desde junho. Estes ainda permanecem sem receber e não tiveram a situação regularizada”, pontuou a presidente da entidade, Franscine Leão. 

A greve, que havia sido planejada para durar por tempo indeterminado, foi uma resposta ao histórico de atrasos nos repasses, que, segundo os médicos, vem gerando insegurança e insatisfação. Desta vez, a categoria optou por um protesto mais prolongado, mas o pagamento recebido pode indicar um caminho para suspender a ação.

Em entrevista ao Mais Goiás, concedida nesta quarta-feira (6), Francine destacou que a situação estava ficando insustentável diante da precariedade nas condições de trabalho, além dos atrasos de pagamentos. Por isso a greve dos médicos era necessária. “A situação não é homogênea. Alguns profissionais estão com 5 meses de salários atrasados, outros estão com apenas um. Está insustentável trabalhar com a Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia”, ressaltou.