Médicos recusam atendimento em UPA após confusão com paciente, em Aparecida
Médicos recusaram atendimento após paciente se exaltar por não concordar com triagem na Unidade de…
Médicos recusaram atendimento após paciente se exaltar por não concordar com triagem na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Brasicon, em Aparecida. Segundo a testemunha, Bruna Venceslau, a confusão se originou quando uma mãe precisou de atendimento para uma criança de três meses que estava com febre e não concordou com a triagem feita na unidade de saúde. O incidente aconteceu na noite de sexta (11) e madrugada do sábado (12).
A confusão fez com que os atendimentos na unidade de saúde fossem paralisados. Após a mãe agredir verbalmente e ameaçar os servidores, médicos exigiram a saída dela e da criança para prosseguir o atendimento aos outros pacientes na UPA, que estava lotada. A recusa levou a um desentendimento generalizado. Guarda Civil Metropolitana e Polícia Militar foram acionados e o trabalho no local só foi retomado após a saída da mãe da criança.
Pacientes que aguardavam atendimento ficaram indignados com a paralisação
“Os pacientes que aguardavam atendimento ficaram indignados com a recusa de atendimento dos médicos. Acredito que houve despreparo porque a mulher não representava perigo para ninguém e estava com uma criança com febre”, afirmou Bruna. A testemunha afirma ainda que a mãe ficou revoltada com a triagem porque o caso não foi triado como urgência e não conseguia previsão de quando seria atendida pelos médicos.
De acordo com Bruna, a mãe com a criança de colo perdeu a paciência e chutou a porta da recinto que separa os pacientes que já foram chamados dos outros que aguardavam na recepção. “Ela também ameaçou a servidora que estava realizando a triagem e afirmou que se tivesse uma arma, a mataria”, declarou.
A testemunha ainda diz que diante das ameaças, os médicos pediatras afirmaram que estavam se sentindo ameaçados e anunciaram a paralisação do atendimento de todos os pacientes até que a mulher se retirasse do recinto. A informação de que o trabalho na unidade de saúde não continuaria, gerou revolta dos que ainda aguardavam por atendimento, causando uma confusão generalizada.
A Guarda-civil Metropolitana e a Polícia Civil foi acionada e os atendimentos na UPA Brasicon só foram retomados depois que a mãe saiu do local com a criança, sem receber nenhuma medicação.
O que diz a prefeitura?
Em nota, a Secretaria de Saúde de Aparecida (SMS) alega que na noite desta sexta (11), o atendimento pediátrico da UPA Brasicon ficou prejudicado por aproximadamente uma hora, devido a um princípio de confusão na unidade.
Segundo a pasta, uma mãe de um paciente não entendia que as consultas na urgência e emergência ocorrem conforme prioridade clínica, de acordo com a classificação de risco, se exaltou e agrediu verbalmente e fisicamente funcionários.
Foi necessário acionar a guarda-civil para garantir a segurança no local e o atendimento foi restabelecido. A Secretaria reitera que os atendimentos nas três UPAs da cidade (Brasicon, Buriti e Flamboyant) ocorrem 24h e seguem a ordem de gravidade dos casos.