Médicos tentam iniciar retirada da sedação de criança atropelada na Vila Mutirão, em Goiânia
Beatriz Santana Lopez, de 8 anos, atravessava rua quando foi atropelada por uma Saveiro e arremessada por 17 metros
Os médicos que atendem Beatriz Santana Lopez, de 8 anos, tentaram iniciar no domingo (21) a retirada da sedação, mas a criança não reagiu da forma esperada e precisou ser sedada novamente. A menina está internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Estadual de Urgências Governador Otávio Lages de Siqueira (Hugol) desde o dia 14 de novembro, quando foi atropelada por uma caminhonete e arremessada por cerca de 17 metros, na Vila Mutirão, em Goiânia.
A mãe de Beatriz, Juliana Santana, relata que a equipe médica retirou a sedação por volta das 10h na manhã de domingo, mas a menina não respondeu da forma que os médicos esperavam, apresentou uma agitação e às 16h foi sedada novamente.
Menina foi atropelada e arremessada a uma distância de 17 metros
Beatriz comemorava o aniversario da avó na porta de casa, na rua J, na Vila Mutirão quando decidiu atravessar a rua para ir em um campo de futebol improvisado. No momento em que atravessava, a menina foi atingida por uma caminhonete saveiro de cor branca que trafegava em alta velocidade. Com o impacto da batida, beatriz foi arremessada por cerca de 17 metros.
O motorista do veículo era um jovem de 21 anos que não parou para prestar socorro. Segundo o advogado Edson Vieira da Silva Júnior, que faz a defesa do rapaz, o condutor havia saído para comprar pão para a mãe e fugiu por medo de linchamento dos familiares e vizinhos.
O advogado afirma o motorista não ingeriu bebida alcoólica. Porém, testemunhas relatam que o rapaz consumiu bebidas alcoólicas no domingo em uma festa na casa de amigos que moram nas imediações do acidente.
Médicos faram nova tentativa de tirar Beatriz da sedação
Beatriz Santana sofreu politraumatismo, com fraturas no crânio e nas pernas, precisou passar por uma cirurgia e respira com ajuda de aparelhos. A criança segue internada na UTI da ala pediátrica do Hugol, onde os médicos faram novas tentativas de tirá-la da sedação.
O caso está sob a investigação da Delegacia Estadual de Investigações de Crimes de Trânsito (Dict), que irá colher mais depoimentos e analisará os exames toxicológicos para dar prosseguimento as investigações. O motorista, se considerado culpado, poderá responder por lesão corporal culposa, com pena de seis meses a dois anos de prisão.
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