Medida prevê redução de 50% nas cirurgias eletivas em Goiás
Atendimentos ambulatoriais também serão reduzidos. Ação faz parte do plano de contingência para a epidemia do coronavírus
As cirurgias eletivas no estado de Goiás devem ser reduzidas em 50%. A medida faz parte de ações do governo do estado na tentativa de evitar um colapso no sistema de saúde, devido à pandemia da Covid-19, doença causada pelo coronavírus. A medida não afeta a rotina dos procedimentos oncológicos, cardiológicos ou neurológicos.
A preocupação é que as unidades de saúde tenham capacidade de receber pacientes com o vírus descoberto na China. Nos próximos meses é esperado aumento exponencial de pacientes que necessitam de internação. Por isso, a redução de fluxo dos hospitais visa a possível necessidade de leitos extras, focadas na Covid-19, bem como a otimização do uso de insumos hospitalares.
Atendimentos ambulatoriais também devem ser reduzidos em 50%. Segundo o governo, é uma maneira de evitar aglomeração de pacientes nas recepções. Nesse mesmo princípio, o documento prioriza orientações domiciliares ou remotos e ainda restringe a visitação de representantes comerciais da indústria farmacêutica a unidades de saúde.
No caso de medicamentos de uso contínuo, a recomendação é ampliar para 12 meses o prazo de aceitação de prescrições médicas. Isso evita que o paciente retorne à unidade de saúde para ter acesso a nova receita.
O documento resguarda o atendimento ininterrupto de situações mais graves, como hemodiálise ou diálise peritoneal. Dessa forma, as unidades que realizam os procedimentos continuam atendendo integralmente, desde que observadas medidas de prevenção e proteção em relação ao novo coronavírus.
Também suspende a assistência de saúde bucal/odontológica, exceto atendimentos em regime de urgência ou emergência. Outra determinação da portaria é para que as unidades de saúde estaduais realizem, de forma imediata, as cirurgias em todos os pacientes que estejam internados e necessitem do procedimento.