Músicos da Orquestra Sinfônica de Goiânia cobram reestruturação de cargos e salários
Prefeitura diz que projeto será enviada à Câmara Municipal ainda neste semestre
O músico e professor Felix Emanuel Bauer, corista da Orquestra Sinfônica de Goiânia há 13 anos, denuncia a situação difícil passada por membros do grupo. Segundo ele, desde 2011 os músicos não têm aumentos salariais reais, sendo a remuneração atual de R$ 1,6 mil para membros do coro e R$ 2,1 para instrumentistas. A esperança é a reestruturação dos cargos e salários, que está parada no gabinete do prefeito e depende de ir à Câmara Municipal.
Ele detalha que, desde 2019, existe um processo de reestruturação. Contudo, o projeto só foi confeccionado em 2021 e tem passado de mão em mão até chegar na mesa do prefeito Rogério Cruz (Republicanos), em abril deste ano. Segundo Felix, os membros da orquestra têm urgência que este texto vá à Câmara e seja aprovado.
Com a nova reestruturação, caso passe no parlamento goianiense, os salários devem mais que dobrar. Cerca de R$ 4 mil para coristas e R$ 5 mil para instrumentistas. “Daria um novo fôlego. Estamos desesperados para voltar a ser valorizados e termos condição de fazer o nosso trabalho da melhor forma [como já fazemos].”
O músico cita que a orquestra tem 30 anos e o coro (que faz parte dela) 24. Atualmente, a maioria dos cerca de 150 membros (sendo 75 músicos instrumentistas e coro profissional de 44 músicos cantores e outros grupos formativos) depende de outros trabalhos, pois a renda da Sinfônica não é suficiente. “Eu tenho outro trabalho para completar a renda. Os instrumentistas ganham um pouco mais que o coro, mas eles são os donos dos instrumentos, não a orquestra.” Segundo ele, há instrumentos que ultrapassam as dezenas de milhares de reais.
Prefeitura de Goiânia
Em nota, a prefeitura da capital informou que o processo do projeto de reestruturação da Orquestra Sinfônica de Goiânia foi recebido pela atual gestão e está em tramitação na Secretaria Municipal de Finanças (Sefin) em fase de análise orçamentária, de acordo com a Lei de Responsabilidade Fiscal. Segundo a Secretaria Municipal de Cultura (Secult), a pasta atua junto com a Sefin para que o projeto tenha andamento o mais breve possível. A previsão de envio à Casa de Leis é para este semestre.
Nota completa:
“A Secretaria Municipal de Cultura (Secult Goiânia) informa que o processo do projeto de reestruturação da Orquestra Sinfônica de Goiânia foi recebido pela atual gestão e encontra-se em tramitação na Secretaria Municipal de Finanças em fase de análise orçamentária, de acordo com a Lei de Responsabilidade Fiscal.
A Secult ressalta que a Orquestra existe há 30 anos e a atual gestão é a primeira a apoiar e acolher um projeto de reestruturação de grande porte em compromisso firmado com todos os músicos.
Portanto, a Secult junto à Sefin, sob orientação do prefeito Rogério Cruz, trabalha incansavelmente para que o projeto tenha andamento o mais breve possível, tendo constante acompanhamento e previsão breve para o atual semestre.“