VIOLÊNCIA

Menino espancado pelo padrasto em Rio Verde tinha dificuldade de socializar com outras crianças, diz babá

A babá do menino de 2 anos que foi espancado pelo padrasto ao ser arremessado em um colchão

A babá do menino de 2 anos que foi espancado pelo padrasto ao ser arremessado em um colchão prestou depoimento na segunda-feira (21) e afirmou que a vítima tinha dificuldade de se socializar com as outras crianças. A situação ocorria devido a traumas que o menino teria sofrido em casa com a mãe e o padrasto. O menor teve a morte cerebral constatada, mas segue em internado em estado gravíssimo no Hugol, onde respira com ajuda de aparelhos.

Segundo o delegado que investiga o caso, a babá cuidava do menino há cercas de dois meses de segunda a sábado e, em algumas situações, aos domingos. Apesar do período relativamente curto, foi o suficiente para ela observar ferimentos e comportamentos incomuns no menino.

“A babá disse que não podia lavar a cabeça da criança, porque ela reclamava muito de dores, além de apresentar sérios traumas. Ele não brincava com outras crianças. Segundo a babá, a criança só reagia, só interagia com os demais, se ela fosse imposta a fazer isso. Se colocasse a criança sentada com as outras, ela ficava sentada, não pedia nada, ficava sempre quietinha em um canto”, explica o delegado Adelson Candeo.

Braço quebrado

Em entrevista, a babá revelou ainda que percebeu a lesão no braço do menino antes dele ser levado ao hospital, além de observar outros ferimentos pelo corpo do menor.

“Ela (babá) disse que era muito frequente a criança chegar com vários machucados e reclamando de dores nas costas. Recentemente, o menino chegou com o braço muito machucado, tanto que não podia nem encostar. Quando a mãe chegou pra buscá-lo na casa da babá, a criança ficou muito alegre e saiu correndo, caiu e machucou o braço. Só aí que a mãe o levou no hospital, mas, a babá conta que a criança já estava com fratura”, relata o delegado.

Espancado pelo padrasto

A criança foi arremessada contra um colchão que estava no chão repetidas vezes após acordar e chorar por não encontrar a mãe, que havia saído para trabalhar. O autor da agressão foi o padrasto, que usou um urso de pelúcia para explicar como espancou o enteado e alegou que “extrapolou” no uso da violência. O homem foi preso no último domingo (20) pelo crime de homicídio triplamente qualificado.

A mãe da criança é investigada por permitir as agressões. Ela será ouvido ainda nesta semana, segundo a polícia.

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