Menino picado por aranha em Aparecida deve passar por segunda cirurgia
Menino deve passar por um segundo procedimento cirúrgico para controle de infecção. Quadro de saúde é estável
O menino Miguel Alves Agapito, de 2 anos, que foi picado no braço por uma aranha no último dia 12 de fevereiro, em Aparecida, deve passar pela segunda cirurgia nesta sexta-feira (25). O estado de saúde é considerável estável, com melhora do membro superior direito. Ele segue internado no Hospital Estadual da Criança e do Adolescente (Hecad), em Goiânia.
Em nota, o hospital informou que a criança está sob uso de antibióticos, sem previsão de alta médica até o momento. Segundo a unidade, Miguel permanece assistido com cuidados integrais pela equipe assistencial, composta por ortopedista, médico pediatra e infectologista.
Na última quarta-feira (23), o menino foi submetido a um procedimento cirúrgico, pois a evolução do ferimento causado pelo veneno da aranha poderia causar a amputação do braço da criança. A cirurgia durou cerca de 2h para retirar toda a secreção que provocava inchaço no braço dele.
De acordo com Andressa Fernandes, tia de Miguel, o procedimento foi bem-sucedido e o menino apresentou melhora. Agora, ele passa por uma nova cirurgia para controle da infecção.
Nas redes sociais, a mãe de Miguel relata a melhora do filho. No vídeo, o menino aparece sorrindo, com roupas do hospital e comendo melão.
Mãe de menino picado por aranha em Aparecida peregrinou por unidades de Saúde, mas não conseguiu laudo que comprovasse o ferimento
Ludmylla Christye, mãe de Miguel, disse que foi em diferentes unidades de saúde da rede pública para conseguir um laudo que comprovasse a picada da aranha, mas só conseguiu o documento por meio de consulta particular.
Ela relata que o filho tomava medicamentos recomendados por profissionais da rede pública, mas não apresentava melhoras. Assim, decidiu pagar uma consulta com um médico particular. Desta vez, o profissional de saúde recomendou, de forma urgente, o procedimento de drenagem no menino.
A jovem afirma, ainda, que só após atendimento particular e repercussão do caso na imprensa e nas redes sociais, é que conseguiu a cirurgia para o filho. Em nota, o Hospital Estadual da Criança e do Adolescente (Hecad) afirmou que, quando Miguel chegou ao hospital na última semana, recebeu a classificação laranja, considerada muito urgente e foi atendido de imediato. O menino passou por uma avaliação com cirurgião, ortopedista e infectologista.
Relembre o caso
A família percebeu que o menino não estava bem quando ele começou a chorar no berço, no dia 12 de fevereiro. O avô notou que uma aranha estava perto do neto e os pais viram uma ferida no braço do menino.
De acordo com a mãe, no dia seguinte, o filho apresentava febre, manchas vermelhas pelo corpo, diarreia e um pequeno caroço com pus no local do ferimento. Ludmylla disse que Miguel foi diagnosticado com dengue e a família recebeu orientação para repetir os exames dois dias depois.
A mulher conta, também, que passou dez dias procurando por atendimento em unidades de saúde, pois o filho continuava com os sintomas. Segundo ela, sempre que buscava atendimento, recebia uma orientação ou diagnóstico diferentes. Nenhum dos médicos reconhecia que o mal estava sendo causado por uma picada de inseto peçonhento.