Assassinato

Menor alega que matou interno no Case após ele confessar estupro, diz delegado

Jovem de 18 anos teria dito que já estuprou uma mulher e entregou o irmão para a polícia. Menor confessou ter matado o colega porque ele era "cagueta"

De acordo com o delegado Luiz Gonzaga Júnior, da Delegacia Estadual de Apuração de Atos Infracionais (Depai), o menor L.S.N.C., 17 anos, confessou ter matado Bruno Victor Vicente de Alcântara, 18 anos. O crime aconteceu nesta terça-feira (11), no Centro de Atendimento Socioeducativo (Case) do Conjunto Vera Cruz, Goiânia.

“Segundo o adolescente, ele cometeu o assassinato após Bruno Victor dizer na cela que já teria estuprado uma mulher e a ameaçado para não o denunciar. Além disso, Bruno teria dito que entregou o próprio irmão para a polícia em um caso de tráfico de drogas”, afirma Gonzaga.

“Em depoimento, o menor disse que por ter estuprado alguém e por ser “cagueta” – pessoa que entrega o outro para a polícia – a vítima merecia ser punida com agressões. Provavelmente essas agressões podem ter durado horas e L.S.N.C. decidiu matar Bruno”, disse o delegado.

“O próprio adolescente deixou a vítima sem vida no canto da cela e chamou os agentes para tirarem o corpo do local”, afirma Gonzaga. Segundo o delegado, o jovem será apresentado ao juizado e o juiz determinará para onde ele será encaminhado e qual medida será tomada.

Segunda Morte

No último dia 6, um adolescente de 17 anos foi apreendido após confessar que matou o interno C.E.O.S, de 15 anos. De acordo com a Seds, o rapaz foi encontrado enforcado com um lençol no banheiro do alojamento. Inicialmente, o interno negou a autoria do crime, mas apresentou agitação na presença dos policiais. Os detentos estavam apenas há quatro dias na unidade e que não havia histórico de brigas ou rixas entre os dois.

Ao Luiz Gonzaga Júnior, o menor confessou que agiu a mando de outro detento, de 16 anos, que também foi apreendido. Ele reforçou ao titular da delegacia que o crime foi motivado por uma rixa entre o mandante e a vítima. O adolescente ainda afirmou que foi o próprio mandante que lhe deu a corda para execução do crime.