*Fabrício Moretti é integrante do programa de estágio do convênio entre Ciee e Mais Goiás, sob orientação de Hugo Oliveira
Menor alega que matou interno no Case após ele confessar estupro, diz delegado
Jovem de 18 anos teria dito que já estuprou uma mulher e entregou o irmão para a polícia. Menor confessou ter matado o colega porque ele era "cagueta"
De acordo com o delegado Luiz Gonzaga Júnior, da Delegacia Estadual de Apuração de Atos Infracionais (Depai), o menor L.S.N.C., 17 anos, confessou ter matado Bruno Victor Vicente de Alcântara, 18 anos. O crime aconteceu nesta terça-feira (11), no Centro de Atendimento Socioeducativo (Case) do Conjunto Vera Cruz, Goiânia.
“Segundo o adolescente, ele cometeu o assassinato após Bruno Victor dizer na cela que já teria estuprado uma mulher e a ameaçado para não o denunciar. Além disso, Bruno teria dito que entregou o próprio irmão para a polícia em um caso de tráfico de drogas”, afirma Gonzaga.
“Em depoimento, o menor disse que por ter estuprado alguém e por ser “cagueta” – pessoa que entrega o outro para a polícia – a vítima merecia ser punida com agressões. Provavelmente essas agressões podem ter durado horas e L.S.N.C. decidiu matar Bruno”, disse o delegado.
“O próprio adolescente deixou a vítima sem vida no canto da cela e chamou os agentes para tirarem o corpo do local”, afirma Gonzaga. Segundo o delegado, o jovem será apresentado ao juizado e o juiz determinará para onde ele será encaminhado e qual medida será tomada.
Segunda Morte
No último dia 6, um adolescente de 17 anos foi apreendido após confessar que matou o interno C.E.O.S, de 15 anos. De acordo com a Seds, o rapaz foi encontrado enforcado com um lençol no banheiro do alojamento. Inicialmente, o interno negou a autoria do crime, mas apresentou agitação na presença dos policiais. Os detentos estavam apenas há quatro dias na unidade e que não havia histórico de brigas ou rixas entre os dois.
Ao Luiz Gonzaga Júnior, o menor confessou que agiu a mando de outro detento, de 16 anos, que também foi apreendido. Ele reforçou ao titular da delegacia que o crime foi motivado por uma rixa entre o mandante e a vítima. O adolescente ainda afirmou que foi o próprio mandante que lhe deu a corda para execução do crime.