Mensagens revelam como mulher fingia câncer para aplicar golpes, em Aparecida
A defesa da suspeita alega que ela sofre de transtornos psicológicos e faz uso de medicações controladas, o que comprometeria sua consciência sobre seus atos
Mensagens obtidas pela Polícia Civil de Goiás mostram como Kamilla Morgana Mendes Borges, presa em Aparecida de Goiânia, na última terça-feira (30), sensibilizava suas vítimas para pedir dinheiro, alegando que sofria de câncer terminal. Nos prints, a suspeita afirmava precisar de R$ 48 mil para um tratamento oncológico e prometia devolver o valor após reembolso do plano de saúde.
A defesa de Kamilla alega que ela sofre de transtornos psicológicos e faz uso de medicações controladas, o que comprometeria a consciência sobre seus atos. A família optou por manter silêncio e aguardar pela Justiça.
O delegado Igomar de Souza Caetano, responsável pelo caso, revelou que Kamilla teria arrecadado cerca de R$ 150 mil com o golpe, pedindo ajuda a familiares, amigos e até mesmo pessoas da escola de sua filha. Além de transferências bancárias, ela também recebia diversos serviços gratuitos.
Nos prints das mensagens, Kamilla descreve sua situação como “muito delicada” e afirma precisar urgentemente do dinheiro para um procedimento não coberto pelo plano de saúde. Ela garante às vítimas que o valor será reembolsado, mas alega estar com dificuldades financeiras devido a uma internação recente.
A investigação policial concluiu que Kamilla não possui nenhuma doença e utilizava o dinheiro arrecadado para realizar procedimentos estéticos. Ela se apresentava com um lenço na cabeça, simulando estar em tratamento de quimioterapia.
O golpe vinha sendo aplicado há cerca de um ano, até que uma das vítimas denunciou o caso à polícia. O nome e a foto de Kamilla foram divulgados para que outras possíveis vítimas possam ser identificadas. Ela está presa e à disposição da Justiça.
A corporação divulgou a imagem da investigada “nos termos da Lei 13.869/2019, portaria normativa n° 547/2021/DGPC, tendo em vista o interesse público no sentido de identificar outras eventuais vítimas de crimes praticados por ela”.