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Mesmo com proibição judicial, ônibus e terminais permanecem cheios em Goiânia

Os usuários do transporte coletivo continuam enfrentando problemas de lotação em ônibus e terminais de…

Os usuários do transporte coletivo continuam enfrentando problemas de lotação em ônibus e terminais de Goiânia. Na última semana, a Justiça de Goiás deu prazo de 48h para que as empresas e a Prefeitura de Goiânia cumprissem o decreto municipal que autoriza apenas passageiros sentados nos veículos. O prazo se encerrou no sábado (13), mas os problemas permanecem os mesmos. Os relatos da manhã desta segunda-feira (15) são de superlotação, desrespeito ao distanciamento social, atrasos e ônibus parados nos terminais.

Segundo a babá Fram Sousa, foi complicado utilizar o transporte coletivo na manhã de hoje. Ela afirma que o ônibus da linha 003 foi lotado, com diversos passageiros em pé, da Rodoviária de Goiânia até o Terminal Bandeiras. A mulher relata que, ao chegar no terminal, os fiscais pediram para que os passageiros que estavam em pé descessem do veículo para dar prosseguimento à viagem.

“Tem acontecido muito isso. Os ônibus estão saindo dos terminais com os passageiros sentados, mas logo ficam lotados ao rodar pela cidade. Infelizmente não temos o que fazer. O transporte coletivo nunca melhora”, criticou.

Ainda conforme expõe a mulher, como os veículos têm saído dos terminais com passageiros sentados, filas enormes têm se formado nos terminais por conta da demora dos próximos ônibus. “Acontece que a demanda é muito grande e são poucos veículos. Chega um ônibus, mas nem todo mundo consegue ir sentado. O próximo ônibus demora e a lotação no terminal continua”, relata.

Vale lembrar que a decisão judicial da última semana estabeleceu multa diária e individual de R$ 5 mil para empresas e para a Prefeitura, em caso de descumprimento das determinações.

Ônibus parados

Vídeos e fotos enviados por leitores ao Mais Goiás mostram que ao menos 10 ônibus estavam parados no Terminal Bandeiras, na manhã desta segunda-feira (15).

“É inaceitável esse tanto de veículo parado enquanto há muita espera e fila nos terminais. A determinação é de que sejam colocados mais de mil ônibus para rodar, mas cadê? Isso não acontece nunca e a população continua em risco”, afirmou a auxiliar administrativo Lorrayne Silva.

Registro semelhante foi feito no Terminal do Garavelo. No local, mais de sete ônibus estavam estacionados por volta das 8h20.

Mais do mesmo

O técnico em enfermagem em formação Leandro Cardoso também enfrentou problemas ao utilizar o transporte coletivo. Segundo ele, na linha 580, no Terminal Praça da Bíblia, “foi a maior confusão e tumulto”.

“Quando os ônibus chegaram foi aquele tumulto de gente. Os motoristas não estavam saindo sem que todos estivessem sentados. Diversos passageiros tiveram que descer, mas ainda foram umas poucas pessoas em pé”, afirmou

Outro lado

Em nota (confira íntegra), o RedeMob Consórcio afirmou que os ônibus parados nos terminais pertencem à frota extra dos veículos em operação, que estão à disposição do serviço. “Por muitas vezes param momentaneamente, em curtos intervalos, para os motoristas irem ao banheiro e logo após o pico que, normalmente de uma hora, para se alimentarem ou para manutenção de algum defeito”.

Segundo o texto, tais automóveis são colocados nas ruas de acordo com a demanda e a necessidade dos usuários. Conforme o Consórcio, a demanda de usuários reduz drasticamente no horário entrepico. “Quase 3 mil motoristas param gradativamente e retornam gradualmente com os veículos para a alimentação, atendendo aos períodos de maior demanda. Este sistema é praticado em todo o país e no mundo todo”, diz trecho.

A Prefeitura informou que ainda não foi notificada da decisão judicial, mas ressaltou que a fiscalização nos terminais tem sido feita pela Guarda Civil Metropolitana (GCM) e fiscais da Companhia Metropolitana de Transportes Coletivos (CMTC).

Também em nota (confira íntegra), a CMTC disse que foi notificada da decisão na manhã de hoje e tem 48h para se manifestar nos autos. A Companhia também informou que tem feito o que lhe cabe como órgão gestor no serviço e atendimento ao usuário.

Nota do RedeMob Consórcio:

Os ônibus que se encontram parados hoje nos terminais coletivos pertencem à frota extra dos veículos em operação que estão à disposição do serviço. Por muitas vezes param momentaneamente, em curtos intervalos, para os motoristas irem ao banheiro e logo após o pico que, normalmente de uma hora, para se alimentarem ou para manutenção de algum defeito. É normal também veículos ficarem parados nos entrepicos (horários de baixíssima demanda), inclusive para a troca de turnos entre motoristas.

Esta frota fica à disposição da Central de Controle Operacional do RedeMob Consórcio (CCO), local responsável pelo controle e acompanhamento em tempo real do sistema. De acordo com a demanda e com a necessidade do transporte coletivo, esses carros são acionados, entrando em operação em poucos minutos, reforçando o atendimento às linhas e aos passageiros.

A demanda de usuários do transporte coletivo da Grande Goiânia reduz drasticamente no horário de entrepico. Quase 3 mil motoristas param gradativamente e retornam gradualmente com os veículos para a alimentação, atendendo aos períodos de maior demanda. Este sistema é praticado em todo o país e no mundo todo.

Importante ressaltar que toda operação é acompanhada e fiscalizada pela Companhia Metropolitana de Transporte Cometivo (CMTC), responsável pela gestão da Rede Metropolitana de Transporte Coletivo (RMTC).

Nota da CMTC:

A Companhia Metropolitana de Transportes Coletivos- CMTC- informa que foi notificada na manhã de hoje e tem 48 horas para se manifestar nos autos. A CMTC adianta que desde a vigência do decreto da Prefeitura de Goiânia para o transporte de somente pessoas sentadas tem feito o que lhe cabe como órgão gestor no serviço e atendimento ao usuário. A Companhia conta com o apoio da Guarda Civil Metropolitana em cinco (05) terminais de Goiânia e da Polícia Militar nos nove (09) do Eixo Anhanguera.

A CMTC solicita que atividades como a zeladoria e de diaristas possam ser escalonadas pelo patronal como medida de diluição de demanda dentro dos terminais. Pelo decreto, somente trabalhadores de serviços e atividades essenciais devem estar no sistema nos primeiros horários da manhã, ou seja, colaboradores e servidores da saúde, do setor farmacêutico, alimentação e da indústria.