Goiás é o segundo estado com maior ocupação de UTIs para covid no País, diz Fiocruz
Junto com a cidade do Rio, Goiânia é uma das duas cidades em situação crítica na ocupação de UTI para Covid
Mato Grosso e Goiás são os estados com maior índica de ocupação de leitos de UTI do Sistema Único de Saúde (SUS) destinados à Covid-19. À exceção desses dois estados, todos os outros estão com ocupação de UTIs abaixo de 80%. Os dados são da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e foram divulgados nessa quarta (11).
Vale destacar, segundo o levantamento de quarta, Goiás está com 78% dos leitos ocupados, enquanto o Mato Grosso, 79%. O cenário goiano já esteve pior. O balanço informa que houve queda de 82% para 78% em relação a pesquisa anterior.
Em relação ao recorte de capitais, Goiânia está em posição crítica, com 92% de ocupação dos leitos de UTI destinados a pacientes com o vírus. A cidade perde apenas para o Rio de Janeiro: 97%.
Melhora em ocupações de UTI
Contudo, a Fiocruz destaca, ainda, que 14 Estados alcançaram taxas abaixo de 50% na ocupação. Na avaliação, o cenário é o melhor desde julho de 2020, quando começou o acompanhamento.
Segundo os pesquisadores, a redução de internações se deve ao avanço da vacinação. Ainda assim, eles reforçam a manutenção dos protocolos de segurança, como uso de máscara e distanciamento social.
“Ampliar a vacinação completa para todos os elegíveis torna-se fundamental neste momento, incluindo campanhas e busca ativa para os que ainda não tomaram a segunda dose das vacinas que envolvem duas doses, como a CoronaVac, a AstraZeneca e a Pfizer”, complementam.
Taxas
21 Estados e o Distrito Federal possuem taxas de ocupação abaixo de 60%. São eles: Acre (13%), Amazonas (54%), Pará (48%), Amapá (26%), Tocantins (58%), Maranhão (52%), Piauí (48%), Ceará (47%), Rio Grande do Norte (34%), Paraíba (22%), Pernambuco (41%), Alagoas (26%), Sergipe (35%), Bahia (43%), Minas Gerais (47%), Espírito Santo (42%), São Paulo (46%), Paraná (59%), Santa Catarina (56%), Rio Grande do Sul (57%), Mato Grosso do Sul (56%) e Distrito Federal (59%).
Acima de 60% e abaixo de 80%, na chamada zona de alerta intermediária – que inclui Goiás e Mato Grosso – estão: Rondônia (64%), Roraima (70%) e Rio de Janeiro (67%) – O Rio estava com 61% no último levantamento.
Em relação as capitais, somente Rio e Goiânia estão em situação preocupante. No alerta intermediário são seis: Porto Velho (63%), Boa Vista (70%), São Luís (64%), Curitiba (65%), Campo Grande (65%) e Cuiabá (74%).
As demais 19 estão foram da zona de alerta: Rio Branco (12%), Manaus (54%), Belém (44%), Macapá (29%), Palmas (53%), Teresina (39%), Fortaleza (53%), Natal (34%), João Pessoa (19%), Recife (39%), Maceió (25%), Aracaju (43%), Salvador (38%), Belo Horizonte (57%), Vitória (36%), São Paulo (43%), Florianópolis (31%), Porto Alegre (59%) e Brasília (59%).
Goiás
Dados de terça-feira, da secretaria de Saúde de Goiás (SES-GO), informam que o Estado já registrou 770.987 casos de doença, desde o início da pandemia. Ao todo, 735.503 pessoas se recuperaram.
A pasta revela, ainda, que 21.584 morreram pela Covid-19. Isso significa uma taxa de letalidade de 2,8%.
Além disso, existem 570.609 casos suspeitos em investigação. Já foram descartados 306.279 casos. Em relação a mortes, 454 são suspeitos.
Além disso, a SES-GO relata que 3.344.683 pessoas já receberam a primeira dose da vacina. Em relação à segunda, foram 1.338.926.
Ao todo, Goiás já recebeu 6.054.440 doses de imunizantes, sendo 1.918.180 da CoronaVac, 2.848.240 da AstraZeneca, 1.136.070 da Pfizer e 151.950 da Janssen.