Mesmo fechada, Pirenópolis teria entrada clandestina de turistas
A Polícia Civil (PC) investiga moradores de Pirenópolis, a 128 quilômetros de Goiânia, que estariam…
A Polícia Civil (PC) investiga moradores de Pirenópolis, a 128 quilômetros de Goiânia, que estariam facilitando a entrada clandestina de turistas na cidade. De acordo com a corporação, alguns habitantes alugam comprovantes de residência por até R$ 250 para os visitantes irem ao município. Vale lembrar que a cidade está com entrada restrita aos seus habitantes para evitar a propagação do novo coronavírus.
De acordo com o delegado Tibério Martins, após a Prefeitura da cidade decretar o fechamento e deixar apenas barreiras sanitárias, ficou sendo obrigatória a apresentação de qualquer comprovante de endereço para provar que mora em Pirenópolis. Entretanto, diversas denúncias chegaram à delegacia sobre moradores que estariam alugando esses documentos. “Após essas denúncias, foi feita a intensificação no patrulhamento e descobrimos que a entrega acontecia em um posto de gasolina próximo a uma dessas entradas da cidade”, explica.
Apesar disso, segundo o delegado, um outro esquema também foi realizado para que turistas entrassem clandestinamente na cidade. Três trilhas que ficam às marges da rodovia serviam como rotas alternativas. “Com isso, ficamos sabendo que os turistas passavam por essas trilhas com motos e o morador entrava com o carro dos visitantes após apresentar o comprovante na barreira. Suspeitamos que algumas dessas pessoas devem alugar propriedades na cidade”, ressalta.
Após tomar ciência da situação, a Prefeitura interditou as três passagens mencionadas pelo delegado. Ninguém foi preso até o momento, mas as investigações continuam para saber quantas pessoas faziam isso, se elas agiam sozinhas ou havia uma organização para trazer essas pessoas para o município.
“Acreditamos que, agora, a situação vá se minimizar, mas queremos saber como se dava essa facilitação. Caso a pessoa for flagrada em uma dessas situações, ela pode responder por infração de medidas sanitárias preventivas. Caso fique provada que há uma rede organizada para isso, os envolvidos também responderão por associação criminosa. A pessoa pode passar até quatro anos presa”, finaliza.