Mineradora é autuada por extração irregular em Cavalcante
Ação apreendeu 11 máquinas, avaliadas em R$ 2,6 milhões, e aplicou inicialmente multa de R$ 169 mil
Por falta de licenciamento de exploração, fiscais do governo do Goiás fecharam uma mineração da Brasman, na quarta-feira (24), em território próximo à Chapada dos Veadeiros, em Cavalcante, por extração irregular. Desde segunda-feira (22), a Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), com o apoio das forças policiais do Estado, atua na verificação de desmatamento ilegal na região, tendo, inclusive, embargado uma área pertencente ao prefeito da cidade.
De volta a mineradora, a ação apreendeu 11 máquinas, avaliadas em R$ 2,6 milhões, que eram utilizadas para extração irregular de minério. Além disso, a empresa foi multada, inicialmente, em R$ 169 mil. O valor ainda pode ser revisto para mais, conforme a pasta.
Como resultado da ação, a Agência Nacional de Mineração (ANM) foi comunicada que a Brasman realizava escavações fora da área licenciada. Além disso, a Semad informou ao órgão suspeitas de exploração materiais não inclusos na permissão. A secretaria, então, pede que a ANM mande equipes para a região com urgência, temendo maiores prejuízos ambientais.
O Mais Goiás tenta contato com a Brasman, mas sem sucesso. O espaço permanece aberto.
Ação continuada
As ações, segundo a titular da Semad, secretária Andréa Vulcanis, devem continuar nos próximos dias. No começo da semana, a pasta embargou atividades de garimpo ilegal no Rio São Félix e autuou desmatamentos em outros pontos.
Vale lembrar que no começo do mês foram desmatados 530 hectares em áreas do território do quilombo Kalunga. Nesta semana, a pasta atua para conter a destruição de áreas nativas e de atividades de mineração sem licença em diversos alvos. A área total de apuração é de 2,5 mil hectares.
“A determinação do governador Ronaldo Caiado é de tolerância zero com irregularidades. Temos muito em jogo na defesa do nosso cerrado”, afirma a secretária. O temor de Andréa se deve a ameaças recentes de boicote a produtos brasileiros no exterior por causa do avanço na Amazônia e no cerrado.
“É preciso ter claro que o cerrado de Goiás é o que garante o sustento do produtor e que gira nossa economia. Sem o cerrado, sem a produção de água, sem as chuvas que o cerrado nos permite, não tem produção”, conclui.