VACINAÇÃO

Ministro da Saúde diz a goianos que vacinação seguirá sob coordenação dele

Apesar da argumentação das entidades de que os municípios querem adquirir as vacinas, Pazuello foi categórico na questão

Foto: Reprodução/Agência Brasil

Associações estaduais de municípios, entre elas a Associação Goiana de Municípios (AGM), participaram, nesta quarta-feira (3), de uma reunião virtual com o titular do Ministério da Saúde, Eduardo Pazuello, para tratar do processo de aquisição de vacinas contra a covid-19 por parte das gestões municipais. Apesar da argumentação das entidades de que os municípios têm interesse em adquirir as vacinas, Pazuello foi categórico em afirmar que os imunizantes continuarão sob o controle da pasta federal, por meio do Plano Nacional de Imunização (PNI).

No encontro, Pazuello respondeu ao apelo por vacinas do presidente da Confederação Nacional de Municípios (CNM), Glademir Aroldi, dizendo que “nenhum Estado e nenhum município é melhor do que o outro”. O ministro reclamou que estariam sendo formadas “ações paralelas” às do governo federal para a aquisição de vacinas, mas que isso seria corrigido no projeto de lei que especifica quem poderá comprar os imunizantes, já encaminhado pela Câmara Federal para sanção do presidente da República.

“Estão peitando o pacto federativo. Existem muitos interesses paralelos. Se os mais de 5 mil municípios e os 26 Estados tratarem dessa questão de forma individual, vai prevalecer só a lei da oferta e da procura”, afirmou Pazuello, enfatizando que, os municípios que fizerem aquisição de vacinas, terão de repassar ao Sistema Único de Saúde (SUS).

Na avaliação do presidente da AGM, Paulo Sérgio de Rezende, ficou claro que “não será fácil as participações dos municípios e dos Estados na aquisição de vacinas”. “Temos que continuar articulando junto ao governo federal para que esse processo de vacinação seja agilizado. Já estamos atrasados. A população não suporta mais a demora”, disse.

“Estabilização”

Ainda na reunião, o titular do Ministério da Saúde garantiu que, a partir desta semana, haverá uma “estabilização no processo de produção de vacinas”, o que vai aumentar a distribuição aos municípios. “A partir de agora, estaremos distribuindo aos municípios de 2 a 3 milhões de doses por semana”, prometeu.

“Até maio, deveremos vacinar todos os integrantes dos grupos prioritários. Até junho, pretendemos atingir a metade da população vacinável e, no final do ano, todas as pessoas”, afirmou aos presidentes de associações de municípios.