Modelo que morreu após colocar PMMA em Goiânia desconhecia riscos, diz delegada
"Testemunha contou que a autuada garantiu ser algo tranquilo, simples e que tinha feito em outras pacientes", disse delegada em entrevista
A delegada-adjunta da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes contra o Consumidor (Decon) de Goiás, Débora Melo, afirma que a modelo Aline Maria Ferreira não foi informada a respeito dos riscos que correria ao fazer uma aplicação de polimetilmetacrilato (PMMA) nos glúteos.
“Pelo contrário, a testemunha contou que a autuada garantiu ser algo tranquilo, simples e que tinha feito em outras pacientes”, disse Débora. Aline fez o procedimento estético na clínica Ame-se, em Goiânia, e morreu dias depois.
A declaração da delegada foi dada em coletiva de imprensa, na última quinta-feira (4). A responsável pelo procedimento e dona da clínica, Grazielly Barbosa, foi presa e responderá pelos crimes de exercício ilegal da profissão, execução de serviço de alta periculosidade e indução do consumidor ao erro.
Embora se apresente como biomédica, Grazielly confessou à polícia que cursou apenas três períodos de medicina no Paraguai e que fez cursos livres na área de estética. A polícia ressaltou que, mesmo que fosse biomédica de fato, a indiciada não poderia realizar o procedimento, “uma vez que a função só pode ser feita por um médico”.