Morador que chamou porteira de ‘macaca’ poderá pagar multa ao prédio
Vinicius Silva Pereira, morador que chamou a porteira de ‘macaca’ poderá pagar uma multa ao…
Vinicius Silva Pereira, morador que chamou a porteira de ‘macaca’ poderá pagar uma multa ao prédio em que mora pelos transtornos causados. Ele é suspeito de praticar injúria racial contra uma servidora do local no último domingo (18), no setor Jardim Goiás, em Goiânia.
O síndico Anderson Schneider conta que a assessoria jurídica do prédio avalia a possibilidade do morador ser multado. Segundo o administrador, não há nada definido. Entretanto, se o jurídico entender que uma multa deve ser aplicada, a administração irá enviá-la a Vinicius. O síndico não precisou o valor da punição. Porém, se houver, o dinheiro será destinado ao próprio prédio.
Relembre
Conforme informado anteriormente pelo portal, a vítima teria sido alvo de injúria racial após seguir as normas do local e não abrir a garagem sem que o morador se identificasse.
Ao Mais Goiás, o delegado Eduardo Carrara – que mora no prédio – contou que estava em seu apartamento quando, por volta das 18h, recebeu uma ligação do zelador do prédio informando o ocorrido. Na recepção do condomínio, a porteira relatou que um morador parou em frente a uma das garagens e buzinou com insistência para que o portão fosse aberto.
A profissional, porém, afirmou que não abriu o portão, pois as regras do condomínio determinam que, caso o morador esqueça o controle remoto, é necessário se deslocar até a portaria para fazer a identificação. Por não atender ao pedido do homem, a mulher foi vítima de insultos e injúria racial. Em um vídeo ao qual a reportagem teve acesso, é possível ver o momento em que o morador chama a porteira de ‘macaca’ e ‘chimpanzé.
Diante das agressões verbais e ameaças, o zelador do prédio pediu auxílio do delegado que mora no local há cerca de uma semana. O investigador acionou uma equipe da PM e foi até o apartamento do suspeito, que não foi encontrado. Apesar do sumiço, o caso foi registrado na Polícia Civil como injúria racial. O investigado foi intimado, mas, até o momento da veiculação da reportagem, não havia comparecido na delegacia.
Outros casos
Um morador que não quis ser identificado disse que o homem que chamou porteira de macaca no último domingo (18) já teve desavenças com uma ex-síndica do prédio pelos mesmos motivos.
O homem disse que o caso aconteceu em meados de 2018. Segundo ele, a motivação do primeiro caso seria a mesma que resultou em agressões verbais no último domingo: problemas do morador com as normas da garagem. À época, a síndica do local foi chamada para resolver o caso e foi vítima de palavras de baixo calão.
O homem disse que o caso foi registrado na Polícia Civil; entretanto, não sabe qual foi o desfecho da história. O Mais Goiás entrou em contato com a antiga administradora para apurar mais detalhes, mas sem sucesso.
A reportagem tenta falar com o suspeito desde segunda-feira (19), mas não tem retorno. Porém, o espaço continua aberto.