Moradores de Araguapaz reclamam da falta de policiamento na cidade

Populares do município de Araguapaz, a cerca de 258 quilômetros de Goiânia, estão preocupados com a falta de policiamento na cidade. Segundo os moradores, a delegacia local foi fechada e retiraram todo o efetivo. Agora, o comando mais próximo fica em Mozarlândia, a cerca de 50 quilômetros da cidade. A demora no atendimento, que segundo eles já era um problema, ficou ainda pior.

Uma funcionária do hospital da cidade, que preferiu não se identificar, conta que os moradores estão vivendo com medo. Segundo ela, desde o último domingo (5) nenhuma viatura é vista realizando patrulhamento na cidade. “Não fomos avisados da mudança. Ninguém nos deu um parecer sobre a transferência do efetivo de município. Ligo no 190 e eles falam que não têm viaturas aqui”, destaca a moradora.

O medo ainda é maior devido a certos apuros que ela já vivenciou durante a jornada de trabalho. Segundo ela, ocorreu de um usuário de drogas entrar com uma faca dentro do hospital e ser retirado do local pelos próprios funcionários, após convencê-lo a sair. “Liguei na polícia e disseram que a equipe estava vindo de Mozarlândia. Eles chegaram aqui depois de 30 minutos que o homem já tinha ido embora”, conta.

“Queremos uma posição e que volte a polícia para cá. A cidade é pequena, mas sem a presença das autoridades policiais vira uma festa para os bandidos”, desabafa a funcionária. “Creio que deva ter pessoas que nem perceberam que não há polícia rondando aqui e só irão perceber quando precisarem.”

Segundo o major Clézio Vieira, responsável pela região, houve o remanejamento de alguns policias de cidades vizinhas devido ao fato de alguns agentes estarem em curso na capital. O major também destaca que houve um acidente, onde um agente acabou tendo que se afastar devido a uma fratura na clavícula, mas isso não teria interferido na segurança da cidade. “No Posto Policial sempre fica um agente de prontidão 24 horas e, se for necessário, equipes de cidades na região auxiliam nas ocorrências”, diz Clézio.