DENÚNCIA

Presença de usuários de droga no Centro de Goiânia aumentou, reclamam moradores

Local que antes era visitado por famílias, agora se encontra com sujeira, restos de marmitas e fezes humanas

Moradores do centro de Goiânia denunciam abandono e grande número de usuários de drogas nas ruas. Segundo uma moradora, que preferiu não se identificar, as pessoas em situação de vulnerabilidade estão fazendo as necessidades nas portas das residências, brigando nas ruas e praticando tráfico de drogas.

“A abertura do Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua (Centro Pop), que fica em frente a praça da Alameda Botafogo com a rua 15 aqui no centro, contribuiu para fazer com que os usuários se instalassem em frente a essa praça”, relatou a moradora.

A denúncia é de que o restante da população que mora na região não tem acesso à praça há cerca de quatro anos. A moradora informou que não é mais viável utilizar a praça como lazer. No local, que antes era visitado por famílias, agora se encontra com sujeira, restos de marmitas e fezes humanas.

“Nenhuma criança mais vai na praça. Antigamente, essa praça tinha um parquinho e nós aqui do prédio fazíamos exercício lá. Hoje, ninguém passa perto e nem lá no meio, todo mundo tem medo”, disse a moradora.

Em nota, a Prefeitura de Goiânia, por meio da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Humano e Social (Sedhs), informou que durante a semana e em horário comercial, a unidade do Centro Pop, oferece atendimento psicossocial, alimentação, encaminhamentos para outras políticas públicas.

Ao Mais Goiás, o órgão ressaltou que todo e qualquer cidadão, constitucionalmente, tem o direito de ir e vir. “O Serviço Especializado em Abordagem Social (Seas) não pode obrigar que deixem as ruas para aderir aos encaminhamentos propostos”. Leia a nota completa na íntegra.

Nota da Prefeitura de Goiânia

“A Secretaria Municipal de Desenvolvimento Humano e Social (Sedhs) possui equipes de Serviço Especializado em Abordagem Social (SEAS) atuando em todas as regiões. Alguns locais estão em maior evidência como os setores Campinas (Praça Joaquim Lúcio e Igreja Matriz), Vila Abajá, Aeroporto, região da 44, Alameda Botafogo e Avenidas Independência e Goiás, no Centro.

A Sedhs oferta serviço de acolhimento provisório por meio das Casas de Acolhida Cidadã I e II, que são casas de passagem provisórias. Elas têm capacidade para atender cerca de 100 pessoas e funcionam 24h. Uma delas está localizada no Setor dos Funcionários e a outra no Leste Universitário.

Durante a semana e em horário comercial, por intermédio da unidade do Centro Pop, oferecemos atendimento psicossocial, alimentação, encaminhamentos para outras políticas públicas, fortalecimento da autonomia, protagonismo, participação social, regularização de documentos pessoais, dentre outros. O atendimento é realizado de segunda-feira à sexta-feira, das 7h às 16 h. A unidade fica localizada na Alameda Botafogo, número 68, Centro. Telefone para contato é (62)3524-1104.

Quando necessário, realiza-se acolhimento emergencial, como em situações de baixa temperatura, por exemplo. O Seas desenvolve ações planejadas de aproximação, escuta qualificada e construção de vínculo de confiança. O objetivo é mediar e ofertar encaminhamentos à rede de proteção social para garantir que essa população tenha mais dignidade e consiga se retirar dos logradouros públicos.

Ressaltamos, porém, que todo e qualquer cidadão, constitucionalmente, tem o direito de ir e vir. O Seas não pode obrigar que deixem as ruas para aderir aos encaminhamentos propostos”.