Sem Juízo

“Morreu quem tinha que morrer”, diz vereador de Anápolis sobre Covid-19

Delcimar Fortunato (Avante) usou o plenário para elogiar o prefeito e dizer que não faltaram leitos no município

Vereador Delcimar Fortunato (Avante) | Foto: Câmara Municipal / Divulgação

O vereador Delcimar Fortunato (Avante) usou a tribuna da Câmara Municipal de Anápolis, nesta segunda-feira (17), para dizer, sobre a pandemia de Covid-19, que “morreu quem tinha que morrer. Não foi por falta de leitos ou de profissionais”. A declaração foi uma tentativa do parlamentar em defender as ações da prefeitura na condução da crise sanitária. “No momento do colapso, não deixamos a desejar, conseguimos atender a demanda”, completou.

Até a segunda-feira, morreram 1.162 pessoas em Anápolis em decorrência da Covid-19. Somente no final de semana foram três óbitos. O boletim da Secretaria Municipal de Saúde informa ainda que o município registrou 37.468 casos, dos quais 35.301 são considerados “curados”.

No momento, o vereador falava sobre o caso de um primo acometido pela Covid-19 e usou como exemplo para elogiar a Saúde anapolina. Delcimar apresentou dados de investimentos na área e comparou com o governo do PT, que governou o município no período anterior à pandemia de Covid-19.

“Vemos que a oposição bate falando que a Saúde em Anápolis é muito ruim. Eu discordo. A gente só vê que a Saúde está bem quando tem um ente querido da gente que precisa. Realmente observei esses dois dias. A gente só tem certeza depois que tem esse tipo de coisa na família”, continuou.

Recursos federais

Delcimar Fortunado ainda elogiou o tratamento de enfrentamento da Covid-19 feito pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e disse que a União mandou recursos que foram aplicados na área.

O presidente da Câmara, vereador Leandro Ribeiro (PP), por outro lado, apontou  que o Governo Federal enviou algum recurso para o município de Anápolis em 2020. Mas que, em 2021, até o momento, “não enviou recursos”. O parlamentar informou que a Prefeitura de Anápolis gasta R$ 6 milhões em recursos próprios. “O Governo Federal tem que mandar recursos este ano e retroagir os gastos que o município fez”, pontuou.