Morte de instrutor de tiro em Aparecida pode ter sido encomendada pelo Comando Vermelho
Polícia Civil avança nas investigações sobre o caso
A execução do instrutor de tiros Danilo de Castro Sahium, de 32 anos, que ocorreu no último dia 21 de agosto em um posto de combustíveis em Aparecida de Goiânia, foi encomendada pela facção criminosa Comando Vermelho (CV). A apuração foi feita pelo Jornal O Popular e publicada na manhã deste sábado (16).
De acordo com a publicação, a facção suspeitava que Danilo teria fornecido informações à Polícia Militar, resultando na apreensão, em 24 de julho, de um carregamento de armas que incluía fuzis AK-47 e pistolas de uso restrito, destinadas ao Rio de Janeiro. O suposto mandante do crime permanece foragido na capital fluminense.
Imagens de câmeras de segurança registraram o momento em que três homens encapuzados chegaram em um Fiat Palio branco, desceram do veículo e dispararam mais de 10 vezes contra Danilo, que estava fora de sua caminhonete, conversando com um homem. Ao ouvir os primeiros disparos, Danilo tentou fugir, mas foi alcançado e executado à queima-roupa. No local, peritos encontraram mais de 30 cápsulas de pistola.
O Mais Goiás havia mostrado em primeira mão que a Polícia Militar de Goiás (PMGO) prendeu, na noite de 21 de agosto, um homem suspeito de participar da execução. A equipe das Rondas Ostensivas Táticas Metropolitanas (Rotam), após compartilhar informações com o serviço de inteligência da PMGO, abordou e capturou o suspeito na Vila Brasília. Com ele, foram apreendidos uma pistola G2C calibre 9mm, munições e o veículo utilizado no crime.
No dia seguinte, 22 de agosto, outro suspeito foi preso em Goiânia, na casa da namorada, enquanto se preparava para fugir para São Paulo. O jovem, que havia completado 18 anos recentemente, confessou participação no assassinato e delatou os outros dois atiradores. Uma pistola calibre 9mm foi apreendida com ele.
Em 3 de setembro, a Polícia Civil apreendeu um adolescente suspeito de envolvimento no homicídio. O jovem foi detido na BR-153, em um ônibus que retornava de Araguaína, no Tocantins. Ele confessou participação no crime e foi encaminhado à Delegacia de Apuração de Atos Infracionais (Depai).