CRUELDADE

Morte do menino Danilo completa 1 ano; relembre o caso

Menino ficou desaparecido por quase uma semana e foi encontrado sem vida em um lamaçal na região onde morava. Polícia concluiu que ele foi morto por afogamento

TJ determina que acusado de matar o menino Danilo deve ir a júri popular (Foto: reprodução)

A morte do menino Danilo de Sousa Silva, de 7 anos, completa um ano nesta semana. A criança ficou desaparecida por quase 7 dias e foi encontrada sem vida em um lamaçal próximo à casa em que vivia com a família, no Parque Santa Rita, em Goiânia. O crime chocou a capital e o Estado por conta da crueldade, falsas acusações e motivação do suposto autor, Hian Alves, que teria assassinato o garoto para antigir e incriminar o padastro da vítima.

Danilo sumiu no dia 21 de julho. À época, a mãe disse que ele estava brincando com outras crianças na rua, entrou em casa e disse que iria até a avó, que mora próximo. O Corpo de Bombeiros foi acionado no dia seguinte e iniciou as buscas em uma mata e em um córrego que fica a 10 metros da casa do garoto. Os pais de Danilo foram autuados por abandono de incapaz um dia após desaparecimento.

O menino Danilo de Sousa Silva, de 7 anos

No dia 23 de julho, as buscas ganharam auxílio de cães farejadores e drones. No terceiro dia de procura, o trabalho ficou concentrado em pontos diferentes, seguindo informações repassadas por testemunhas e familiares ouvidos pela Polícia Civil.

As buscas foram suspensas nos dias 25 e 26 de julho após a Polícia receber um vídeo em que uma criança parecida com Danilo aparece pedindo comida em um restaurante perto do Terminal Dergo.

Após quase uma semana de procura, o corpo do menino foi encontrado já em estado de decomposição, de bruço, em cima de um lamaçal, em área de difícil acesso, distante 10 metros do córrego.

Prisões

No dia 31 de julho, o padrasto do menino e o colega dele, Hian Alves, foram presos. À época, Hian confessou que ajudou o padrasto a matar a criança em troca de uma moto. O padrasto, no entanto, negou a participação e disse que tratava-se de uma armação.

Após investigações, a Polícia Civil concluiu que padrasto não teve participação no crime. A corporação apontou que Hian Alves cometeu o assassinato por ciúmes do padrasto do menino. O autor teria ciúmes da relação de padrasto com um pastor da região.

O Ministério Público ofereceu denúncia contra o servente de pedreiro Hian Alves pela morte do menino Danilo e pediu a soltura de Reginaldo Lima. (Foto: PC/ Reprodução)
Hian Alves, apontado como autor do crime.

Segundo a polícia, Hian sabia que o padrasto seria considerado suspeito, dadas as passagens por violência que ele possuía. A corporação descartou, também, que o padrasto pudesse ter atuado como mandante.

Ainda conforme a corporação, o suposto autor atraiu Danilo para o matagal, onde ele foi encontrado, prometendo uma pipa ao garoto. Lá, ele teria cometido o crime.

À época, uma tia do garoto disse que a família estava destruída. “Um tenta dar força para o outro”.

No dia 12 de agosto, o Ministério Público ofereceu denúncia contra o servente de pedreiro Hian Alves de Oliveira. O órgão pediu, ainda, a soltura do padrasto da vítima, que foi preso suspeito do crime, mas inocentado pela Polícia Civil posteriormente.