ESCLARECIMENTOS

Motivação e causa da morte de pedagoga de Goianira são alguns itens a serem esclarecidos, diz advogada

Fábia desapareceu em 9 de março e o corpo dele foi encontrado em 22 de abril, já em estado avançado de decomposição

Pedagoga Fábia Cristina (Foto: Arquivo Pessoal)

A pedagoga Fábia Cristina Santos desapareceu em 9 de março deste ano, quando deixou Goianira rumo a Quirinópolis com o marido para a missa de sétimo dia do pai dela. O corpo dela foi encontrado em 22 de abril, em estado avançado de decomposição, e ela foi enterrada na quarta-feira (24), depois da confirmação da identidade pela Polícia Científica. Ela tinha 43 anos.

O marido, Douglas José de Jesus, 46 anos, é o principal suspeito pela morte da vítima. Ele, que usava o nome de Wander (irmão), está foragido desde o dia 9 de março. A Polícia Civil investiga o caso, mas ainda há muitas informações a serem esclarecidas.

Esclarecimentos

A advogada da família de Fábia, Rosemere Oliveira, informou que é preciso aguardar os laudos para alguns esclarecimentos. Outros dependem da própria captura do suspeito. Ainda não se sabe:

  • a causa da morte;
  • o horário exato do crime;
  • a motivação.

Segundo Rosemere, Douglas tinha “um ciúme doentio e sentimento de posse” em relação à pedagoga. “Só ele mesmo para dizer o que ocorreu na hora.” A advogada já tinha antecipado ao portal que o estado de decomposição do corpo dificultava a verificação da causa da morte.

Ela também cita que é necessário descobrir o paradeiro do suspeito. “Eu fiz o requerimento para verificar se o nome dele consta em voos. Também pedi para comunicar a Interpol.” As autoridades informaram, de fato, que o nome do suspeito foi levado a Interpol. Sobre a possibilidade dele ter deixado o País, não há informações.

Não há, até o momento, relatos sobre outros possíveis envolvidos. O Mais Goiás procurou a assessoria da Polícia Civil para saber se há atualização sobre a investigação. Caso haja retorno, esta matéria poderá ser atualizada.

Outras informações do caso

Fábia estava desaparecida desde 9 de março. Ela e o marido Douglas José de Jesus, principal suspeito pela morte da vítima, tinham ido para a missa de sétimo dia do pai da pedagoga. Eles foram flagrados em um posto de combustíveis em Goiânia e depois na GO-469, rodovia que fica no sentido oposto da cidade para onde iriam.

Uma mensagem com pedido de socorro foi o último contato de Fábia com a família. Douglas está foragido desde a data.

O corpo dela foi encontrado na segunda-feira (22), em uma região de mata na GO-469, onde o carro do casal levou uma multa por excesso de velocidade. A Polícia Científica confirmou a identidade nesta quarta.

Ressalta-se, a vítima tinha dois filhos com o suspeito, de 27 e 16 anos, e foram casados por quase 30 anos. Eles, junto com as irmãs dela, reconheceram Fábia pelas vestimentas no dia em que o corpo foi encontrado. Eles aguardavam, todavia, a confirmação.

O velório e o enterro da pedagoga causaram comoção em Quirinópolis, em 24 de abril. Familiares e amigos realizam um cortejo com fila extensa de veículos pela cidade em homenagem a ela. A mulher foi sepultada no cemitério municipal.

Violência

A pedagoga já tinha sido vítima de violência doméstica praticada pelo marido, conforme as autoridades. Imagens encontradas no computador dela mostram marcas de agressão no pescoço da vítima. O homem também teria ameaçado a família de Fábia.