Motorista de aplicativo espancado em Goiânia terá prejuízo de R$ 6,2 mil por não poder trabalhar
O motorista de aplicativo Ismar Gonçalves dos Santos, de 53 anos, afirma que terá um…
O motorista de aplicativo Ismar Gonçalves dos Santos, de 53 anos, afirma que terá um prejuízo de R$ 6,2 mil por não conseguir trabalhar pelo próximo mês. No último sábado (16), um casal de passageiros espancou o trabalhador, por uma suposta demora dele ao atender a chamada da corrida. O motorista teve duas costelas quebradas, uma luxação do pulmão e um ferimento no lado esquerdo da cabeça e deve ficar em repouso a pedido dos médicos.
Ao Mais Goiás, Ismar disse que trabalha como motorista por aplicativo há 5 anos e que essa é a principal renda dele e da esposa. “Sempre fui motorista particular registrado, nas horas vagas fazia bico no aplicativo. Mas, fui demitido em 2019 e aí passei trabalhar somente pelo app”, explicou.
Antes do acontecido, Ismar conta que trabalhava em torno de 10 horas por dia e, assim, conseguia sustentar a casa. Agora, em repouso, ele afirma que se sente humilhado pelo que aconteceu. “Eu e minha esposa dependemos desse trabalho. É um sentimento de revolta, de muita vergonha por ser humilhado. Espero que Deus abençoe a minha recuperação, para eu seguir minha vida normalmente e voltar a fazer o que gosto de fazer”, disse o motorista.
Motorista espancado por casal recebe ajuda
Segundo Ismar, desde que o caso ganhou notoriedade na imprensa, ele vem recebendo ajuda de outras pessoas. “Me sinto muito envergonhado e ao mesmo tempo muito grato a todos que contribuiram. Mesmo com esta crise que estamos passando tem muita gente de bom coração”, comemora o apoio.
Relembre o caso
As agressões contra Ismar aconteceram no sábado (16), no setor Esplanada do Anicuns. Ao G1, ele contou que estava terminando uma corrida, quando a passageira o chamou. Ele explicou que estava em outro atendimento e, em seguida, a buscaria.
“Quando eu cheguei, eu dei bom dia, ela me olhou com a cara fechada e bateu a porta do meu carro tão forte que eu fiquei nervoso. Eu olhei para trás e perguntei: ‘Moça, parece que a senhora está nervosa?’. E ela começou a me xingar”, contou.
Diante das ofensas, Ismar alega que preferiu não continuar com a corrida e parar em um posto de combustível. A mulher, então, ligou para o esposo que foi ao local. “Eu tentei dialogar e ele [marido da passageira] não esperou, veio logo em cima de mim. Me deu murro, me pegou pelo pescoço e me jogou no chão. Eu bati e desmaie, não vi mais nada”, contou.
*Larissa Feitosa compõe programa de estágio do Mais Goiás sob supervisão de Hugo Oliveira.