Motorista de aplicativo morto por policiais sabia o que estava acontecendo, diz PC
O motorista de aplicativo Fábio Júnior Oliveira Santos, que estava entre os quatro homens mortos…
O motorista de aplicativo Fábio Júnior Oliveira Santos, que estava entre os quatro homens mortos pela Polícia Militar (PM) na última terça-feira (29) em Varjão, tinha ciência da ação dos criminosos. É o que apontam as investigações da Polícia Civil (PC) sobre o caso.
De acordo com o delegado que acompanha as investigações, André Fernandes, “todas as informações que temos aqui, inclusive documentalmente falando, mostram que ele tinha ciência do que estava acontecendo”. Ele afirma afirma que o motorista não estava sob pressão e sabia porque estava naquela região, naquele momento, com aquelas pessoas dentro do carro dele.
Fábio foi morto com três tiros no rosto. De acordo com informações da PM, ele e os demais ocupantes do veículo estavam na região para roubar gado e desceram do carro atirando quando foram abordados pelos policiais, que revidaram.
O delegado afirmou, ainda, que o crime foi planejado por alguém de dentro da cadeia. “Descobrimos que a ação criminosa de assalto à fazenda para roubar o gado possui alguém que estava arquitetando toda a situação. É uma pessoa que está recolhida no sistema prisional”. Ele explica que os próximos passos, agora, são identificar e localizar essa pessoa.
A investigação da PC passa, também, pela busca da companheira de um dos homens mortos na ação. Os depoimentos da família de Fábio. ainda são aguardados. A ideia é conhecer melhor a rotina e os hábitos do motorista de aplicativo.
Relembre o caso de Fábio
Fábio Júnior foi visto com vida pela última vez no final da madrugada da última terça-feira (29), quando saiu da casa onde morava com a mulher e filhos, em Senador Canedo, para trabalhar como motorista para um aplicativo. No final da tarde de quinta-feira, familiares encontraram o corpo dele no Instituto Médico Legal (IML) de Aparecida de Goiânia. Eles teriam sido informados que ele havia sido morto junto com outros três homens durante uma troca de tiros com policiais militares.
Após o suposto confronto, que deixou os quatro ocupantes do Classic mortos, os PMs apresentaram três revólveres, uma espingarda uma toca ninja e um alicate corta vergalhão, que estariam com os suspeitos. Fábio Júnior era o único que estava com documentos. Contudo, a morte dele não foi comunicada à família. Isso chamou a atenção da Polícia Civil.
Foi montada uma força tarefa e solicitada a perícia no veículo e no corpo do motorista para descobrir de quais armas saíram os disparos que o atingiram.
*Com informações do G1