Motorista de caminhonete que capotou e matou duas pessoas tem prisão preventiva decretada
Decisão ressalta que condutor possui “reiteradas condutas delituosas”
Em audiência de custódia realizada na tarde desta terça-feira (21), a justiça converteu a prisão em flagrante de Lin Waner Garcia de Oliveira em prisão preventiva. Ele foi preso após capotar uma camionete durante uma perseguição policial na noite deste domingo (19), na Avenida Perimetral Norte, em Goiânia. No acidente, duas mulheres ocupantes morreram e uma terceira foi levada para o hospital em estado regular.
A decisão garante que Lin permaneça detido pelo tempo que a justiça julgar necessário, uma vez que a prisão em flagrante tem o prazo máximo de 24 horas. A juíza Maria Umbelina Zorzetti e a promotora de justiça Fabiana de Vasconcelos Teixeira afirmaram que, levando em conta as circunstâncias do ocorrido, “a liberdade do autuado representa risco concreto para a preservação da ordem pública, instrução criminal e aplicação da lei penal”.
O documento ressalta também que Lin possui “reiteradas condutas delituosas” e que sua liberdade “afeta a tranquilidade do meio social e da ordem pública”. Ele possui ficha criminal por tráfico de drogas e porte e ilegal de arma de fogo
Consta ainda na decisão que, no teste do bafômetro, constatado o teor de 2,00 mg/L. “Ressalto que trata-se de elevado grau de embriaguez, sendo tal índice jamais visto perante esse Juízo”, diz o texto.
Não se lembra
Segundo a Polícia Militar (PM), o condutor, em uma caminhonete S-10 trafegava pelas Ruas do Setor São Judas Tadeu, Norte da capital, em alta velocidade. A atitude levantou suspeitas e policiais em ronda pelas ruas do setor chegaram a dar ordem de parada ao motorista, mas este evadiu do local e foi perseguido pelos agentes.
Nas proximidades da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE), o condutor derivou o veículo para esquerda, perdeu o controle da direção, atravessou o canteiro central, desceu um barranco de 10 metros, chocou com algumas árvores e, em seguida, repousou próximo de uma residência.
Na delegacia, o condutor do veículo disse que não se lembrava da perseguição policial. “[Ele] confessou que estava alcoolizado e dirigindo a 120 quilômetros por hora”, afirmou a delegada Nilda Andrade. “De acordo com ele, o som do carro estava muito alto, por isso não percebeu a viatura da PM e as ordens dos policiais de parar o carro”.