Motorista do caminhão que atingiu ônibus diz que veículo estava a 15 km/h na hora da colisão
José Roberto da Silva, de 62 anos, prestou depoimento na tarde desta sexta-feira (9). Delegacia destaca que ambos os veículos estavam acima da velocidade permitida na via
O condutor do caminhão tanque, que colidiu com um ônibus do transporte coletivo na tarde da última quinta-feira (8), foi ouvido na Delegacia de Investigações de Crimes de Trânsito (Dict)). O depoimento de José Roberto da Silva, de 62 anos, foi na tarde desta sexta-feira (9). Ele disse que acredita que, no momento do impacto, o veículo estava com velocidade inferior a 15 km/h. Roberto foi liberado depois de prestar depoimento.
A polícia aguarda o laudo pericial para comprovar se os veículos estavam acima da velocidade. Antes do depoimento, a titular da Dict, Nilda Andrade, chegou a afirmar que os dois veículos estavam em velocidades superiores ao permitida na via, que é de 40 km/h. Segundo ela, o caminhão estava a 62 km/h e o coletivo a 50 km/h. Já a delegada Maira diz que o caminhão é rastreado por satélite. “E conta com o passo a passo da velocidade. Iremos anexar todos esses dados ao inquérito”, explica Maira.
Depoimento
De acordo com ele, nesse momento o veículo estava entre 24 km/h e 30km/h. Contudo, já no cruzamento do acidente, José Roberto disse que frenou porque viu uma árvore e o sol bateu de frente com o rosto dele. Foi quando ele viu o ônibus e percebeu que não pararia a tempo.
Ele ainda conta que viu o motorista do ônibus desviar para o lado esquerdo. E acredita que isso fez com que veículo tombasse, depois da batida. O acidente deixou um morto e, pelo menos, sete feridos. Ele ainda conta que viu o motorista do ônibus desviar para o lado esquerdo. Ele acredita que isso fez com que veículo tombasse, depois da batida.
A delegada Maira explica que testemunhas serão ainda ouvidas. As vítimas feridas no acidente também devem prestar depoimento depois de liberadas. “Se ficar comprovado que os condutores deram causa para o acidente, ambos poderão responder por homicídio culposo e por lesão corporal”, pontua.
A sinalização do local onde aconteceu o acidente está em situação precária. Maira destaca que ainda é cedo apontar culpabilidade da sinalização. Mas se ficar comprovado, os responsáveis também podem serem autuados. “Ainda não estamos focando com essa vertente, mas se ficar comprovado que houve omissão na confecção da sinalização, o órgão responsável pode responder”, destaca.
O acidente
A colisão entre os veículos foi por volta das 17 horas da última quinta-feira (8), no cruzamento das ruas Presidente Tyler e Presidente Hoover. Com o impacto, o coletivo tombou e deixou, pelo menos, sete feridos. Igor da Mota Queiroz, de 29 anos, morreu. O ônibus também atingiu um poste de energia elétrica. O fornecimento da eletricidade foi normalizado na manhã desta sexta-feira (9). Um vídeo mostra o momento exato da colisão entre os veículos (veja abaixo).
As vítimas foram socorridas e transportadas para o Hospital de Urgência de Goiânia (Hugo). De acordo com a unidade, das seis pessoas que foram encaminhadas para lá, três já tiveram alta. São eles: duas crianças, de 12 e 14 anos, e o motorista do ônibus, Synval Regis da Silva Jesus, de 52 anos.
Ainda de acordo com a unidade, continuam internados Maria Socorro de Oliveira, de 55 anos, Antônio Batista Rosa, de 69 e Valdecy França dos Santos, de 40 anos. Todos respiram espontaneamente e estão internados na enfermaria.
O corpo de Igor da Mota Queiroz foi velado nesta sexta-feira (9), na Igreja Assembleia de Deus, na Vila Finsocial. O sepultamento está previsto para este sábado (10), às 10 horas, no Cemitério Jardim da Saudade.