Motorista é indiciado por homicídio após acidente que matou pai, mãe e filha em Aparecida
A Polícia Civil entendeu que o homem provocou a colisão. Defesa aponta que condutor não freou para evitar colisão com outro veículo
O motorista envolvido no acidente que matou pai, mãe e filha na GO-040, em Aparecida, foi indiciado por homicídio pela Polícia Civil na última terça (15). R.J.O. estava dirigindo pela rodovia no dia 12 de fevereiro, quando invadiu o canteiro central, atravessou a pista e atingiu um veículo do outro lado. Câmeras de segurança registraram o momento da colisão.
A defesa de R.J.O. afirmou respeitar o trabalho da polícia, mas não concorda com a conclusão do relatório. Para ele, o motorista se assustou e por isso não freou, por isso, na tese do advogado, o fato não configura culpa. O advogado alega que é necessário considerar o outro carro que teria passado na hora do acidente, bem como as condições da via.
Na colisão, morreram Rosana Sheila de Melo, 47, e os pais dela, Vicente de Paula Silva, 70, e Isaltina Maria de Melo, 71. Quarto integrante da família, sobrinho de Rosana, foi o único sobrevivente. À época ele tinha oito anos de idade. A família havia ido visitar um terreno que havia comprado no município e estava voltando para casa.
As câmeras de segurança gravaram quando R.J.O. se desvia de outro carro, bate no meio-fio e invade a pista contrária. O veículo dele atingiu em cheio o automóvel da família.
Inquérito aponta que veículo pousou com motor sobre carro da família
A conclusão da investigação produzida pela Polícia Civil diz que “nas fotografias anexadas aos autos é possível verificar que o veículo investigado pousou com o motor sobre o veículo das vítimas”.
Motorista indiciado por homicídio alega não ter freado para evitar colisão com outro carro
O documento também afirma que o motorista apontado como causador da colisão alegou que no momento do acidente não acionou os freios, pois tentou evitar a colisão com outro veículo que ele havia ultrapassado. O homem contou que já se envolveu em três acidentes anteriores. Caso condenado pela Justiça, R.J.O. pode pegar de seis a 20 anos de prisão em regime fechado.