Motorista suspeito de atropelar menina e fugir ‘entrou em pânico’, diz advogado
Beatriz Santana Lopes de 8 anos está internada na UTI e respira com a ajuda de aparelhos
O motorista suspeito de atropelar uma menina de 8 anos e fugir sem prestar socorro ‘entrou em pânico’ após o ocorrido. É o que alega o advogado do rapaz, Edson Vieira da Silva Júnior. O caso aconteceu no último domingo (14), na Vila Mutirão, em Goiânia.
A vítima, Beatriz Santana Lopes, está internada na UTI do Hospital Estadual de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol). Ela está sedada e respira com a ajuda de aparelhos, segundo o último boletim médico divulgado pelo hospital.
De acordo com Edson, o motorista tem 21 anos e estava indo comprar pão à pedido da mãe. Na volta, o condutor decidiu passar na casa de uma amiga, situada na rua onde o atropelamento aconteceu.
Imagens de uma câmera de segurança registraram o acidente. Nas imagens é possível ver o momento em que Beatriz é atingida pela Saveiro branca, além do momento em que o condutor do veículo fugiu sem prestar socorro. A menina foi arremessada a cerca de 17 metros e caiu em uma calçada.
O advogado afirma que o cliente não estava embriagado e atribui a omissão de socorro à falta de experiência do motorista. Segundo Edson, o rapaz entrou em pânico e teve medo da família da menina.
O advogado classificou o caso como uma fatalidade e disse que o jovem se colocou à disposição da família para arcar com quaisquer custos de remédios ou tratamento. Edson explica ter ciência de que isso não anula o fato de que o condutor irá responder um processo criminal.
Investigação
O motorista se apresentou na manhã desta segunda-feira (16), na Delegacia Estadual de Investigações de Crimes de Trânsito (Dict). Ao Mais Goiás, a Polícia Civil informou que aguarda também que a família da criança compareça à delegacia.
“Precisamos esperar a família comparecer aqui, representar criminalmente, para então iniciarmos as investigações. Eles já estão vindo para cá para formalizarmos os procedimentos”, explicou a delegada do caso, Maira Barcelos.
Caso seja considerado culpado, o motorista deverá responder pelo crime de lesão corporal culposa, quando não há intenção. A pena varia de seis meses a dois anos de prisão, além de suspensão ou proibição de dirigir, conforme o artigo 303 do Código Trânsito Brasileiro.
A vítima
Ao jornal O Popular, a família de Beatriz disse que a menina estava com os familiares no momento do atropelamento. Eles celebravam o aniversário da avó, quando a criança resolveu atravessar a rua para se encontrar com um grupo de crianças, em um campo de futebol improvisado. Foi neste momento que o jovem atropelou Beatriz.
A criança, segundo a família, teve fraturas no crânio, nas pernas e passou por cirurgias no Hugol. Ela está internada na UTI e respira com ajuda de aparelhos. No começo da noite desta segunda-feira (14), a família disse que os médicos esperavam o ferimento na cabeça desinchar para ter mais informações.
Por meio da assessoria, o Hugol afirmou apenas que Beatriz está na UTI, com fraturas e que respira com ajuda de aparelhos.
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*Além da própria apuração, essa reportagem contou com informações do jornal O Popular
*Larissa Feitosa compõe programa de estágio do Mais Goiás sob supervisão de Hugo Oliveira.