MP apura se estudantes da área da saúde furaram fila de vacinação em Goianésia
O objetivo é descobrir se os critérios utilizados para selecionar as pessoas a serem vacinadas são os mesmos determinados pelo Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação
O Ministério Público de Goiás apura supostos casos de fura-fila de vacinação contra covid-19, em Goianésia. O órgão investiga se estudantes da área da Saúde, que atuam na linha de frente no combate à pandemia, foram imunizados irregularmente no município. A promotora de Justiça Márcia Cristina Peres também vai acompanhar e fiscalizar a regularidade da campanha de vacinação na cidade.
Após instaurar inquérito civil público, a promotora requisitou a relação nominal dos alunos vacinados, a data e local de imunização, bem como o lote da vacina, o responsável pela imunização e o grupo prioritário ao qual os vacinados pertencem. O objetivo é descobrir os critérios utilizados para selecionar as pessoas a serem vacinadas, para saber se encaixam nos critérios do Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra Covid-19.
A promotora Márcia Cristina requisitou à Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Goianésia informações sobre a quantidade de doses de vacinas aplicadas desde o início do processo de imunização e quantas doses o município ainda possui, além do cronograma de vacinação das etapas já realizadas e das futuras.
Márcia Cristina também solicitou dados com os nomes completos e CPFs dos já imunizados. No caso de profissionais de saúde, o órgão pediu documentos que comprovem que eles integram a linha de frente do combate ao coronavírus.
Recomendações
Além de solicitar informações sobre a vacinação, a promotora recomendou que a Prefeitura insira dados referentes à imunização em um site específico da gestão, para que a população e os órgãos de controle acompanhem diariamente tal processo.
A orientação é para que as informações sobre o grupo prioritário comorbidades não sejam divulgadas no site, mas encaminhadas ao MP, para o devido controle e para preservar a privacidade e dignidade de tais pessoas.
O Mais Goiás tenta contato com a prefeitura de Goianésia. O espaço está aberto para manifestação.